Obstetrical practice by nurses in instiutional childbirth: a possibility for emancipatory knowledge
A prática obstétrica da enfermeira no parto institucionalizado: uma possibilidade de conhecimento emancipatório
La práctica obstétrica de la enfermera en el parto institucionalizado: una posibilidad de conocimiento emancipatorio

Texto & contexto enferm; 22 (3), 2013
Publication year: 2013

Pesquisa qualitativa, que objetivou analisar os sentidos atribuídos pelas enfermeiras às mudanças de sua prática obstétrica, utilizando o método produção de sentidos no cotidiano - práticas discursivas, proposto por Mary Spink. Dados coletados por entrevista individual, semiestruturada, com 16 enfermeiras obstétricas, em maternidades públicas - Rio de Janeiro, Brasil. Foram analisadas com os conceitos de travessia de fronteiras e constelações de poder de Boaventura Santos. Os sentidos atribuídos pelas enfermeiras às práticas obstétricas evidenciaram uma transformação em processo no âmbito do conhecimento obstétrico e das práticas na perspectiva da desmedicalização. Fronteira, lugar de transição paradigmática de novas práticas surge em relações emancipatórias com as mulheres. Concluímos que experimentar novas práticas envolve superação dos limites conhecidos para encontrar autonomia, configurando-se um conhecimento e prática com possibilidades emancipatórias. Travessias, nessa direção, se dão pela ousadia de buscar e experimentar o novo, transgredir o limite e aproveitar os espaços abertos na constelação de poderes.
This was a qualitative research project with the objective to analyze the meanings attributed by nurses to changes in their obstetrical practice, using the method "production of meanings in the everyday - discursive practices," as proposed by Mary Spink. Data was collected through semi-structured, individual interviews with 16 obstetrical nurses in public maternity wards in Rio de Janeiro, Brazil. The interviews were analyzed with the concepts "crossing boundaries" and "constellations of power," by Boaventura Santos. The meanings attributed by the nurses to the obstetrical practices verified a transformation process in the field of obstetrical knowledge, and practices in the perspective of demedicalization. The frontier, as a place of paradigmatic transition to new practices, emerges in emancipatory relationships with the women users of the service. We conclude that experimentation with new practices involves overcoming known limits to find autonomy, configuring a knowledge and practice with emancipatory possibilities. In this direction, crossings come from the boldness to seek and experiment the new, transgress the limit, and make use of open spaces in the constellation of powers.
Investigación cualitativa tuvo como objetivo analizar los sentidos atribuidos por las enfermeras en los cambios de su práctica obstétrica utilizando el método de producción de sentidos diariamente, propuesto por Mary Spink. Los datos fueron recolectados por medio de entrevista individual, semi-estructurada, a 16 enfermeras obstétricas en maternidades públicas - Rio de Janeiro, Brasil. Se analizaron los conceptos de trayecto de fronteras y constelaciones de poder de Boaventura Santos. Los sentidos atribuidos a las prácticas obstétricas evidenciaron una transformación en proceso del conocimiento obstétrico y sus prácticas en la perspectiva de la desmedicalización. La frontera, lugar de transición paradigmática de nuevas prácticas, donde surgen las relaciones emancipadoras con las mujeres. Concluimos que las nuevas prácticas involucran la superación de límites conocidos para encontrar autonomía. Las trayectorias ocurren por la audacia de buscar y experimentar lo nuevo, de transgredir el límite, y aprovechar los espacios abiertos en la constelación de poder.