Trabalhando com as representações dos sujeitos na educação em saúde

Texto & contexto enferm; 8 (1), 1999
Publication year: 1999

A educação em saúde vigente até então apóia-se no modelo biomédico mecanicista e nos princípios iluministas que tem como propósito modificar o comportamento do indíviduo exclusivamente pela razão. Todavia que enfoque deixa escapar aspectos culturais, sociais e subjetivos que envolvem o processo saúde e doença, como por exemplo a realidade de classe social, as diferentes representações do corpo e as emoções. O contexto dos sujeitos nos grupos educativos nos indica que suas representações diferem nas categorias universais que norteiam os programas de educação em saúde. De modo que não é suficiente fornecer informações biomédicas para provocar mudanças de vida nas pessoas, mas entender como o sujeito agencia o autocuidado em sua vida. Este estudo tem, como objetivo compreender as formas de intervenção adotadas nos grupos educativos e explicar os aspectos que motivam os sujeitos a permanecerem no grupo enquanto outros abandonam. A pesquisa de campo foi realizada na Cidade de Niterói (RJ), O estudo é qualitativo. As técnicas utilizadas são entrevistas, observação participante e dinâmica de grupo. Os achados mostraram que os sujeitos não se enquadram nas categorias do normal e do patológico, que coexistem diferentes representações sobre saúde e doença e autocuidado e as intervenções realizadas nos grupos educativos em saúde, estão centradas na patologia e nas necessidades humanas básicas...
Todays education for health is base don mechanistic biomedical model, and on the principles of Iluminism. Which aim modify human behavior exclusively by reason. This approach, however does not consider cultural, social and subject aspects involved in the binomial health/illness, such as the reality of the social extracts and the way people understand their body and their emotions. Analyses of individuals inside educational groups, shoups, show that their representation of the body is far different from the universal categories which guide typical education program for health. Thus, changing human health habits is much more a matter of understanding how people deal with their selfcare, than providing them just for medical information. This work aims decodify the several ways of intervention used inside educational groups, as well as show the reasons some people stay within the group, while others give it up. The field research was placed in Niterói-RJ The method is qualitative, using personal interviews, interactive observation and group indepth interview. Results show that individuals do not really match with categories as normal or pathological. On the contrary, different representations of health and disease and selfcare do coexist, while the interventions on educational groups for health are focused on pathology and basic human needs...
La educación en salud vigente hasta entonces se apoya en el modelo biomédico mecanicista y en los principios iluministas que tienen como propósito modificar el comportamiento del individuo exclusivamente por medio de la razón. Sin embargo, este enfoque aspectos culturales, sociales y subjetivos que envuelven el proceso salud-enfermedad, como por ejemplo, la realidad de clase social, las distintas representaciones del cuerpo y las emociones. El contexto de los sujetos en los grupos educativos nos indica que sus representaciones difieren de las categorías universales que orientan los programas de educación en salud. De manera que no es suficiente su ministrar informaciones biomédicas para provocar cambios de vida en las personas, pero entender como el sujeto agencia el auto cuidado en su vida. Esta investigación tiene como objetivo comprender las formas de intervención adoptadas en los grupos educativos y explicar los aspectos que motivan a los sujetos a permanecer en el grupo, mientras que otros lo abandonan. La encuesta has sido realizada en la ciudad de Niterói - RJ. El estudio es cualitativo. Las técnicas utilizadas son entrevistas, observación participante y actividades en grupo. Los hallazgos han mostrado que los sujetos no se encuadran en las categorías de lo normal y de lo patológico, que coexisten diferentes representaciones sobre salud y enfermedad y auto cuidado y las intervenciones realizadas en los grupos educativos en salud están centradas en la patología y en las necesidades humanas básicas...