Enfrentar a violência infantil na Atenção Básica: como os profissionais percebem?
Enfrentar la violencia infantil enatención primaria: ¿cómo la perciben los profesionales?
Coping with child violencein primary care: how do professionals perceive it?

Rev. bras. enferm; 70 (1), 2017
Publication year: 2017

RESUMO Objetivo:

conhecer a percepção dos profissionais da saúde que atuam na Atenção Básica acerca da violência infantil, visto que a violência contra a criança tem aumentado progressivamente no mundo, requerendo todos os esforços para a intervenção.

Método:

trata-se de estudo qualitativo, descritivo e exploratório, realizado por meio de entrevistas com os profissionais da Atenção Básica em um distrito de saúde do município de São Paulo, sendo utilizada a ferramenta Alceste para a análise dos dados oriundos dos discursos.

Resultados:

as percepções dos profissionais apontam para os limites e dificuldades da rede assistencial para o enfrentamento; necessidade de ações intersetoriais; situações de violências identificadas no âmbito dos atendimentos; e causas e repercussões da violência no desenvolvimento infantil.

Conclusão:

constatou-se que há necessidade de formação qualificada dos trabalhadores, organização da rede de saúde para oferta de serviços assistenciais em quantidade e qualidade e aporte de recursos financeiros para o enfrentamento da violência infantil.

RESUMEN Objetivo:

conocer la percepción de los profesionales sanitarios que trabajan en atención primaria sobre el abuso infantil, pués la violencia contra los niños ha aumentado de manera progressiva en el mundo, lo que requiere todos los esfuerzos posibles para la intervención.

Método:

estudio cualitativo, descriptivo y exploratorio realizado a través de entrevistas con los profesionales de la atención primaria en un área sanitaria de São Paulo. La herramienta Alceste fue utilizada para el análisis de los datos de los discursos.

Resultados:

las percepciones de los profesionales apuntan a los límites y las dificultades de la red de cuidado en el enfrentamiento; la necesidad de una acción intersectorial; situaciones de violencia identificadas dentro de la atención; y las causas y efectos de la violencia en el desarrollo infantil.

Conclusión:

hay necesidad de una formación cualificada de los trabajadores, la organización de la red de salud para la prestación de servicios de atención en la cantidad y la calidad, y los recursos financieros para enfrentar la violencia contra los niños.

ABSTRACT Objective:

to know the perception of health professionals working in primary care about child violence, since this has increased progressively in the world, requiring every effort to intervene.

Method:

this is a qualitative, descriptive and exploratory study performed through interviews with professionals in primary care in a health district of São Paulo. The Alceste tool was used for analysis of data from the speeches.

Results:

perceptions of professionals point to the limits and difficulties of the care network with coping; need for intersectoral action; violence situations identified within the caresetting; and causes and effects of violence on child development.

Conclusion:

there is need for qualified training of workers, health network organization for the provision of quantity and quality of care services, and financial resources for coping with child violence.