Diálogo com equipes de Saúde da Família sobre parto no pré-natal: uma investigação comunicativa
Diálogo con equipos de salud de la familia acerca del parto prenatal: una investigación comunicativa
Dialogue on Childbirth with Family Health Teams during Prenatal Care: A Communicative Study

Aquichan; 17 (4), 2017
Publication year: 2017

RESUMO O diálogo entre gestantes e profissionais de saúde sobre parto pode ser uma importante ferramenta para mudanças na prática de cesáreas no Brasil. Entretanto, a priorização desse tema no pré-natal e a forma como ele é abordado estão diretamente relacionadas à sua valorização e às dificuldades de abordagem.

Objetivos:

analisar, junto com equipes de saúde da família, os elementos que dificultam a abordagem do parto no pré-natal.

Materiais e método:

pesquisa qualitativa, que utilizou a metodologia comunicativa para identificar elementos facilitadores e dificultadores para o exercício de uma prática ou benefício. Foram realizados grupos de discussão comunicativos com as equipes, entre 2013 e 2014.

Resultados:

os elementos dificultadores perpassam a formação profissional, o processo e as condições de trabalho nas unidades, que interferem nas atividades educativas, na falta de articulação entre a atenção básica e a hospitalar, e nas próprias vivências pessoais dos profissionais com o tema, aspectos que influenciam negativamente a abordagem do parto.

Conclusões:

é necessário investimento na qualificação dos profissionais nas questões referentes ao parto, com espaços de diálogo que permitam explorar as possibilidades de superação das dificuldades institucionais e expressar suas próprias vivências, a fim de desfazer mitos e crenças em relação ao parto.
RESUMEM El diálogo entre gestantes y profesionales de la salud acerca del parto puede ser una importante herramienta para cambios en la práctica de cesarianas en Brasil. Sin embargo, la priorización del tema en el prenatal y la forma como este es abordado están directamente relacionadas a su valoración y a dificultades de enfoque.

Objetivos:

analizar, junto con equipos de salud de la familia, los elementos que dificultan el abordaje del parto en prenatal.

Materiales y método:

investigación cualitativa, que utilizó la metodología comunicativa para identificar elementos facilitadores y dificultadores para el ejercicio de una práctica o beneficio. Se realizaron grupos de discusión comunicativos con los equipos, entre 2013 y 2014.

Resultados:

los elementos dificultadores permean la formación profesional, el proceso y las condiciones de trabajo en las unidades, e interfieren en las actividades educacionales, en la falta de articulación entre la atención básica y la hospitalaria, y en las propias vivencias personales de los profesionales con el tema, aspectos que influencian negativamente el abordaje del parto.

Conclusiones:

se necesita inversión en la capacitación de los profesionales en cuestiones referentes al tema, con espacios de diálogo que permitan explorar las posibilidades de superación de dificultades institucionales y expresar sus propias vivencias, con el fin de deshacer mitos y creencias en relación con el parto.
ABSTRACT Dialogue between pregnant women and health professionals about childbirth can be an important tool for prompting changes in the practice of cesarean deliveries in Brazil. However, prioritizing this topic in prenatal care and the way it is addressed are directly related to its assessment and to the difficulties concerning the approach.

Objectives:

Analyze, in conjunction with family health teams, the elements that make it difficult to address the issue of childbirth in prenatal care.

Materials and method:

This is a qualitative study in which the communicative methodology was used to identify elements that facilitate and/or hamper the implementation of a particular practice or benefit. Communicative discussion groups were held with the teams between 2013 and 2014.

Results:

The elements that pose difficulty permeate professional training, the process and working conditions in the health units, and interfere in educational activities, in the lack of articulation between basic and hospital care, and in the personal experiences of professionals concerning this subject. All of these aspects negatively influence the approach to childbirth.

Conclusions:

Investment in professional training on issues related to childbirth is needed, with room for dialogue that makes it possible to explore possibilities for overcoming institutional difficulties and provides professionals with an opportunity to express their own experiences in order to undo myths and beliefs with respect to childbirth.