Puérperas usuárias de crack: dificuldades e facilidades enfrentadas no cuidado ao recém-nascido
Puérperas dependientes de crack: dificultades y facilidades afrontadas en el cuidado al recién nacido
Crack-Dependent Postpartum Women: Newborn Care Difficulties and Facilities

Aquichan; 18 (1), 2018
Publication year: 2018

RESUMO Introdução:

os recém-nascidos de usuárias de crack sofrem os efeitos da dependência já nas primeiras horas de vida e podem apresentar quadro de irritabilidade, sudorese, hipertonia e dificuldade nos ciclos de sono e vigília. Essa realidade torna necessário o auxílio profissional à puérpera usuária de crack para sua instrumentalização ao cuidado do recém-nascido.

Objetivo:

conhecer dificuldades e facilidades de puérperas usuárias de crack no cuidado ao recém-nascido.

Método:

realizou-se pesquisa com abordagem qualitativa em uma maternidade do sul do Brasil, mediante entrevistas semiestruturadas com 18 puérperas.

Resultados:

a partir da análise de conteúdo, identificaram-se como dificuldades: abstinência da droga, não amamentação, falta de apoio familiar, vigilância dos profissionais do Conselho Tutelar, falta de habilidade para a realização de cuidados diretos ao recém-nascido, medo de machucá-lo e falta de condições financeiras. Como facilidades, revelaram o fato de o recém-nascido chorar pouco, ser tranquilo e quieto; apoio da família, vizinhos e amigos, e auxílio financeiro do companheiro e familiares.

Conclusão:

puérperas usuárias de crack necessitam de auxílio para desempenharem seu papel de cuidadoras do recém-nascido. Devem ser captadas durante a gestação e acompanhadas de forma a realizarem o pré-natal, orientadas acerca dos cuidados com a criança e acolhidas em serviços de apoio.

RESUMEN Introducción:

los recién nacidos de dependientes de crack sufren los efectos de la dependencia ya en las primeras horas de vida y pueden presentar cuadro de irritabilidad, sudoración, hipertonía y dificultad en los ciclos de sueño y vigilia. Esta realidad requiere el auxilio profesional a la puérpera usuaria de crack para su instrumentalización al cuidado del recién nacido.

Objetivo:

conocer dificultades y facilidades de puérperas dependientes de crack en el cuidado al recién nacido.

Método:

se realizó investigación con enfoque cualitativo en una maternidad del sur de Brasil, por medio de entrevistas semiestructuradas con 18 puérperas.

Resultados:

desde el análisis de contenido, se identificaron como dificultades: abstinencia de la droga, no lactancia, falta de respaldo familiar, vigilancia de los profesionales del Consejo Tutelar (Similar al Bienestar Familiar en Colombia), falta de habilidad para la realización de cuidados directos al recién nacido, miedo a lastimarlo y falta de condiciones financieras. Como facilidades, se encontró que el recién nacido llore poco, sea tranquilo y quieto; respaldo de la familia, vecinos y amigos, y auxilio financiero del compañero y familiares.

Conclusión:

puérperas dependientes de crack necesitan de auxilio para que cumplan su rol de cuidadoras del recién nacido. Deben ser identificadas durante el embarazo y acompañadas de forma a que realicen el prenatal, orientadas acerca de los cuidados con el niño y recibidas en servicios de apoyo.

ABSTRACT Introduction:

Newborns of crack-dependent mothers suffer the effects of drug dependence in the first hours of life and can exhibit irritability, sweating, hypertonia and difficulty in their sleep and wake cycles. This reality means the crack-dependent mother requires professional help to be able to care for her newborn child.

Objective:

The purpose of the study is to identify the newborn care difficulties and facilities facing postpartum women who are dependent on crack.

Method:

A qualitative study was conducted at a maternity hospital in southern Brazil, through semi-structured interviews with 18 postpartum women.

Results:

The content analysis made it possible to identify a number of difficulties; namely, abstinence from crack cocaine, no breastfeeding, lack of family support, surveillance by professionals from the Guardianship Council, lack of ability to care for the newborn, fear of hurting the newborn and financial problems. As for facilities, it was found the newborns of crack-dependent mothers cry little and are quiet and tranquil. Support from family members, neighbors and friends and financial help from the partner and the family are possible resources as well.

Conclusion:

Crack-dependent postpartum women need help to fulfill their role as newborn caregivers. They should be identified during pregnancy so as to receive guidance during the prenatal period and orientation on newborn care and the support services to which they are entitled.