Prevalência e controle da hipertensão arterial: estudo comparativo entre população urbana e rural
Prevalence and control of hypertension: comparison between urban and rural population
Prevalencia y control de la hipertensión: un estudio comparativo entre la población urbana y la población rural

REME rev. min. enferm; 21 (), 2017
Publication year: 2017

Objetivo:

estimar a prevalência, conhecimento e tratamento da hipertensão arterial sistêmica, comparando as características associadas ao não controle da pressão arterial entre população hipertensa urbana e rural de um município de pequeno porte do interior de Minas Gerais.

Material e métodos:

estudo epidemiológico com 1.528 residentes do município de Sacramento-MG, Brasil. Foram coletadas variáveis socioeconômicas e comportamentais, dificuldades de utilização dos serviços de saúde e realização da medida da pressão arterial. Para analisar a associação entre a variável dependente (não controle da pressão arterial) e demais variáveis, utilizou-se o teste qui-quadrado de Pearson e calculou-se a Odds Ratio. O nível de significância adotado foi de α = 0.05.

Resultados:

foram entrevistados 153 sujeitos residentes da área rural e 1.375 da área urbana. A prevalência da hipertensão foi de 38,6%, sendo 38,6% na área urbana e 38,5% na área rural. Entre os hipertensos (n=590), 91,5% sabiam dessa condição; 90,6% estavam em tratamento e 52,6% apresentaram a pressão arterial controlada.

Tinham associação com o não controle da pressão arterial:

consumo de bebida alcoólica (p=0,001), dificuldade de seguir a prescrição medicamentosa (p=0,000), não comparecimento às consultas médicas de rotina (p=0,005).

Conclusões:

a hipertensão arterial revelou-se de alta prevalência e importante problema de saúde pública também em um município de pequeno porte do interior do país.

Background:

Hypertension is considered a public health problem due to its high prevalence and control difficulties.

Objectives:

To estimate theprevalence of hypertension and evaluate the main characteristics associated with failure to control blood pressure comparing rural with the urbanpopulation.

Materials and Methods:

An epidemiological study of 1528 adult residents of the city of Sacramento/Minas Gerais/Brazil. Were collectedduring home visits, socioeconomic and behavioral variables, the following characteristics of drug treatment, difficulties in using the health andachievement of blood pressure measurement services. To analyze the association between the dependent variable (not blood pressure control)and other variables we used the chi-square test of Pearson and the Odds Ratio. The level of significance was set at α = 0.05, Results: 153 subjectsresiding in rural areas and 1375 in urban area were interviewed. The prevalence of hypertension in the city was 38.6% and 38.6% in urban areasand 38.5 % in rural areas. Among hypertensive patients (n = 590), 91.5% were aware of this condition; 90.6% were under treatment, and 52.6 % had controlled blood pressure. The variables that were associated with the non-control BP were: alcohol consumption (p = 0.001), difficulty in followingthe prescriptions (p = 0.000), failure to attend medical appointments (p = 0.005).

Conclusions:

Hypertension proved to be highly prevalent and important public health as well in a small city from the countryside.

Objetivo:

Estimar la prevalencia, el conocimiento y el tratamiento de la hipertensión arterial sistémica, comparando las características asociadascon ningún control de la presión arterial entre la población urbana y rural de una pequeña ciudad del interior de Minas Gerais.

Materialy método:

Estudio epidemiológico con 1.528 habitantes de la ciudad de Sacramento / Brasil. Se recogieron variables socioeconómicas y decomportamiento, dificultades para usar los servicios de salud y si hubo control de la presión arterial. Para analizar la asociación entre la variable dependiente (Ningún control de la presión arterial) y las demás variables se utilizó la prueba Chi cuadrado de Pearson y se calculó el cociente deprobabilidades. El nivel de significación se fijó en α = 0,05 Resultados: Se entrevistó a 153 habitantes de la zona rural y a 1.375 de la zona urbana.La prevalencia de hipertensión fue de 38,6%: 38,6% en la zona urbana y 38,5% en la rural. Entre los pacientes hipertensos (n = 590), el 91,5% era consciente de su estado; un 90,6% estaba en tratamiento y un 52,6% había controlado la presión arterial. El consumo de bebidas alcohólicas (p= 0,001), la dificultad para seguir con los medicamentos recetados (p = 0,000), el faltar a las citas médicas de rutina (p = 0,005) están asociadoscon ningún control de la presión arterial.

Conclusiones:

La hipertensión arterial ha demostrado ser de alta prevalencia y un problema de saludpública grave también para una pequeña ciudad del interior del país.