Vivências de gestantes em situação de prisão
Experiences of pregnant women in prison situation

Rev. eletrônica enferm; 19 (), 2017
Publication year: 2017

Buscou-se conhecer as vivências de gestantes em situação prisional. Trata-se de estudo qualitativo e descritivo realizado em uma penitenciária feminina do Estado de São Paulo/Brasil, com 14 gestantes e uso da técnica de análise de conteúdo fundamentada nas abordagens psicoemocionais. Identificaram-se as categorias: Busca da Autoproteção, Sentimento de Culpa e Construção da Nova Identidade. A vivência em cárcere significou solidão, medo, impotência e resignação. Há restrição nas relações familiares, na convivência social, no suprimento alimentar, da privacidade e do direito ao sono/repouso, além de impedimento do exercício da maternidade. Demonstraram sentimento de culpa e dor devido a privação de vivenciar a maternidade e a amamentação, além de medo de perder a guarda de seu filho. Para conviver no cárcere, as mulheres tiveram que se adaptar à nova realidade. Conclui-se que as gestantes presidiárias buscam se auto-proteger para sobreviver as perdas e ao rompimento dos laços afetivos e sociais.
The aim was to understand the experiences of pregnant women in prison situation. We conducted a qualitative and descriptive study in a female prison in the State of São Paulo/Brazil, with 14 pregnant women and we used the content analysis technique grounded on psycho-emotional approaches.

We identified the categories:

Search for Self-Protection, Guilt Feeling, Building the New Identity. The experience in jail meant solitude, fear, impotence, and resignation. There are restrictions on family relationships, social conviviality, food supplement, privacy and on the right to sleep/rest, besides the impediment to exercise motherhood. Women demonstrated guilt and pain due to the privation to experience maternity and breastfeeding, besides the fear to lose their child’s custody. The women had to adjust themselves to the new reality to live in prison. We conclude that pregnant inmates try self-protection to survive the losses and the affection and social disruptions.