Oficinas de estimulação cognitiva para idosos com baixa escolaridade: estudo intervenção

Av. enferm; 34 (2), 2016
Publication year: 2016

Objetivo:

Analisar o desenvolvimento de oficinas de estimulação cognitiva específicas para idosos com baixa escolaridade e associá -lo ao desempenho da capacidade funcional.

Metodologia:

Estudo de intervenção antes e depois, de abordagem quantitativa. Como instrumentos de coleta de dados, utilizaram-se testes de rastreio cognitivo. Foram incluídos 12 idosos de baixa escolaridade, com queixas subjetivas de memória. Os participantes foram de grupos para terceira idade. A análise foi descritiva e inferencial.

Resultados:

A maior parte da amostra foi composta por mulheres (83,3%), indivíduos que residiam sozinhos (41,7%), longevos, com média de idade de 77,4 ± 6,7, e com 5,5 ± 2,2 anos de escolaridade. As áreas cognitivas mais treinadas nas oficinas foram atenção, memória de curto prazo e concentração. A memória de curto prazo e a linguagem foram testadas pelo Mini Exame do Estado Mental (p = 0,50) e pelo teste de evocação de palavras (p = 0,99), respectivamente, e não apresentaram significância estatística, mas tiveram variações absoluta e relativa negativas. Houve manutenção da capacidade para as atividades instrumentais de vida diária, com Lawton (p = 0,99). Obteve-se aumento na variação da Escala de Depressão Geriátrica (p = 0,018), porém sem significância clínica. Quanto à avaliação das oficinas pelos idosos, a interação e a participação foram consideradas satisfatórias (100%). 92% dos participantes sentiram-se seguros na realização das atividades propostas. A expressão de melhora na memória foi percebida por 92% com altos níveis (4 e 5), porém 41,7% dos idosos relataram insatisfação com os materiais usados nas oficinas.

Conclusão:

As avaliações indicaram estabilização do quadro, portanto, as intervenções demonstraram-se eficazes na manutenção da cognição, bem como uma estratégia para a socialização.

Objetivo:

Analizar el desarrollo de talleres de estimulación cognitiva específicos para ancianos con baja escolaridad, asociándolo al desempeño de la capacidad funcional.

Metodología:

Estudio de intervención antes y después, de enfoque cuantitativo. Para la recolección de los datos, se emplearon pruebas de rastreo cognitivo. Se incluyeron 12 ancianos de baja escolaridad, con quejas subjetivas de memoria. Los participantes pertenecían a grupos de la tercera edad. El análisis fue descriptivo e inferencial.

Resultados:

La mayor parte de la muestra estuvo compuesta por mujeres (83,3%), individuos que residían solos (41,7%), longevos, con edad media de 77,4 ± 6,7 y 5,5 ± 2,2 años de escolaridad media. Las áreas cognitivas más desarrolladas en los talleres fueron atención, memoria de corto plazo y concentración. La memoria de corto plazo y lenguaje fueron evaluados por el Mini Examen de Estado Mental ( p = 0,50) y por la prueba de evocación de palabras (p = 0,99), respectivamente, sin presentar significancia estadística, pero con variaciones absoluta y relativa negativas. Se mantuvo la capacidad en las actividades instrumentales cotidianas con Lawton (p = 0,99). Se incrementó la variación de Escala de Depresión Geriátrica (p = 0,018), aunque sin significancia clínica. En cuanto a la evaluación de los talleres realizados por los ancianos, la interacción y la participación se consideraron satisfactorias (100%). El 92% de los participantes se sintió seguro en la realización de las actividades. La expresión de mejora en la memoria se percibió en un 92%, con altos niveles (4 y 5), aunque el 41,7% de los ancianos informó insatisfacción con los materiales utilizados en los talleres.

Conclusión:

Las evaluaciones indicaron una estabilización del cuadro, por lo que las intervenciones demostraron ser eficaces para el mantenimiento de la cognición y como estrategia de socialización.

Objective:

To analyze the development of specific cognitive stimulation workshops for elderly with low educational status, and to associate it with functional ability performance.

Methodology:

This was an inter-ventional before-and-after study with quantitative approach. We used cognitive screening tests. We included 12 elderly people with low education, with subjective complaints of memory. The participants were from groups for the elderly. The analysis was descriptive and inferential.

Results:

Most participants were women (83.3%), who lived by themselves (41.7%), long-lived, with average of 77.4 ± 6.7 and mean of 5.5 ± 2.2 years of schooling. The most trained cognitive areas during the workshops were attention, short-term memory, and concentration. Short-term memory and language were respectively tested by the Mini-Mental State Examination (p = 0.50) and by the word evocation test (p = 0.99) without statistical significance, but with negative absolute and relative variation. There was maintenance of the ability in instrumental activities of daily living, with Lawton (p = 0.99). There was an increase in the variation of the Geriatric Depression Scale (p = 0.018), but with no clinical significance. With regard to the assessment of workshops by the elderly, interaction and participation were satisfactory (100%), and 92% of the participants felt safe in performing the proposed activities. The expression of memory improvement was seen in 92% of them with high levels (4 and 5); however, 41.7% reported dissatisfaction with the materials used in the workshops.

Conclusion:

The evaluations indicated stabilization of the state, therefore interventions showed to be efficient in the cognition maintenance and as a socialization strategy.