Fatores preditores de óbito em Unidade de Terapia Intensiva: contribuição para a abordagem paliativista
Factores predictivos de defunción en Unidad de Cuidados Intensivos: aporte para el abordaje paliativista
Predictors of death in an Intensive Care Unit: contribution to the palliative approach
Rev. Esc. Enferm. USP; 52 (), 2018
Publication year: 2018
RESUMO Objetivo Identificar preditores de óbito na Unidade de Terapia Intensiva e relacionar pacientes elegíveis para cuidados paliativos preferenciais. Método Coorte prospectivo que avaliou pacientes internados por mais de 24 horas, subdivididos em G1 (pacientes que morreram) e G2 (pacientes com alta hospitalar). Para a identificação dos fatores preditores para o desfecho óbito, foi feita ao médico intensivista a "pergunta-surpresa" e foram coletados dados clínico-demográficos dos pacientes. Os dados foram analisados por estatística descritiva/inferencial (significante p<0,05). Resultados Foram avaliados 170 pacientes. A resposta negativa à "pergunta-surpresa" foi relacionada ao desfecho óbito. Houve maior possibilidade de óbito (p<0,05) entre os pacientes mais velhos, mais frágeis, com menor funcionalidade, com insuficiências cardíaca e/ou renal crônicas ou insulto neurológico agudo não traumático, com falência multiorgânica por mais de 5 dias, internados por mais tempo. Conclusão Preditores de óbito foram relacionados à avaliação subjetiva do médico, à condição clínica do paciente, às doenças de base, à gravidade da doença aguda e à evolução da doença crítica. Sugere-se que pacientes com dois ou mais critérios preditores recebam cuidados paliativos preferenciais.
RESUMEN Objetivo Factores predictivos de defunción en la Unidad de Cuidados Intensivos y relacionar a pacientes elegibles para cuidados paliativos preferentes. Método Cohorte prospectivo que evaluó a pacientes hospitalizados por más de 24 horas, subdivididos en G1 (pacientes que fallecieron) y G2 (pacientes con alta hospitalaria). Para la identificación de los factores predictivos para el resultado defunción, se hizo al médico intensivista la "pregunta sorpresa" y fueron recogidos datos clínico-demográficos de los pacientes. Los datos fueron analizados por estadística descriptiva/inferencial (significante p<;0,05). Resultados Fueron evaluados 170 pacientes. La respuesta negativa a la "pregunta sorpresa" fue relacionada con el resultado defunción. Hubo mayor posibilidad de defunción (p<;0,05) entre los pacientes mayores, más frágiles, con menor funcionalidad, con insuficiencias cardiaca y/o renal crónicas o evento neurológico agudo no traumático, con fallo multiorgánico por más de cinco días, hospitalizados por más tiempo. Conclusión Predictores de defunción fueron relacionados con la evaluación subjetiva del médico, la condición clínica del paciente, las enfermedades de base, la severidad de la enfermedad aguda y la evolución de la enfermedad crítica. Se sugiere que pacientes con dos o más criterios predictivos reciban cuidados paliativos preferentes.
ABSTRACT Objective To identify predictors of death in the Intensive Care Unit and relate eligible patients to preferential palliative care. Method A prospective cohort study that evaluated patients hospitalized for more than 24 hours, subdivided into G1 (patients who died) and G2 (patients who were discharged from hospital). For identifying the predictors for death outcome, the intensivist physician was asked the "surprise question" and clinical-demographic data were collected from the patients. Data were analyzed by descriptive/inferential statistics (p<0.05 significance). Results 170 patients were evaluated. The negative response to the "surprise question" was related to death outcome. A greater possibility of death (p<0.05) was observed among older and more frail patients with less functionality, chronic cardiac and/or renal insufficiencies or acute non-traumatic neurological insult, with multiorgan failure for more than 5 days, and hospitalized for longer. Conclusion Predictors of death were related to a subjective evaluation by the physician, the clinical condition of the patient, underlying diseases, the severity of the acute disease and the evolution of the critical illness. It is suggested that patients with two or more predictive criteria receive preferential palliative care.