Discussing obstetric violence through the voices of women and health professionals
El discurso de la violencia obstetrica en la voz de las mujeres y de los profesionales de la salud
O discurso da violência obstétrica na voz das mulheres e dos profissionais de saúde

Texto & contexto enferm; 26 (2), 2017
Publication year: 2017

ABSTRACT Objective:

to analyze the discourses of women and health professionals regarding care during childbirth, considering the situations experienced and the interactions between them during labor and delivery.

Method:

this is an interpretative study with a qualitative approach. Discourse Analysis was used as the research method. The research scenarios were seven maternity hospitals, belonging to the public network of the Central-West region of Minas Gerais. Interviews were conducted with 36 laboring mothers, 10 midwives and 14 obstetricians. The collected data were submitted to discourse analysis.

Results:

the data were organized into three categories: 1) Witnessed obstetric violence described in the discourse of the midwife: which discusses that even acknowledging the presence of this, they talk of the difficulty of guaranteeing the rights of the mother in labor in the scenario of childbirth; 2) Today everything is obstetric violence: it shows the denial of the existence of this phenomenon in the professional-patient relationship; 3) Here we have no voice: obstetric violence is present, but there is a certain consent the part of women who, in the presence of the birth, forget the way they received assistance.

Conclusion:

hostile treatment is one of the obstacles of the humanization of childbirth care, interfering with the choice of delivery method, and it is necessary to review the concept of obstetric violence, considering all its specifics and nuances.

RESUMEN Objetivo:

analizar los discursos de mujeres y profesionales de salud sobre la asistencia al parto, considerando las situaciones vividas y las interacciones construidas entre ellos durante el trabajo de parto y parto.

Método:

investigación cualitativa, del tipo interpretativo. Se utilizó del análisis del discurso como método de investigación. Los escenarios de investigación fueron siete maternidades, pertenecientes a la red pública de la región Centro-oeste de Minas Gerais. Fueron realizadas 36 entrevistas con mujeres parturientas, diez enfermeros obstetras y 14 médicos obstetras. Los datos fueron sometidos a análisis de discurso.

Resultados:

los datos fueran organizados en tres categorías: 1) la violencia obstétrica presenciada en el discurso de la enfermera obstetra: que discute que aunque reconozca la presencia de esta, habla de la dificultad de garantizar los derechos de las parturientas en la escena del parto; 2) Hoy todo es violencia obstétrica: muestra la negación de la existencia de este fenómeno en la relación profesional-paciente; 3) Aquí uno no tiene voz: hay presencia de la violencia obstétrica, sin embargo, hay cierto consentimiento por parte de las mujeres que, en la presencia del nacimiento, olvidan la forma de asistencia recibida.

Conclusión:

el tratamiento hostil constituye uno de los obstáculos a la humanidad de la asistencia al parto, interfiriendo en la elección de la vía del parto, siendo necesario rever el concepto de violencia obstétrica, considerando todas sus especificaciones.

RESUMO Objetivo:

analisar os discursos de mulheres e profissionais de saúde sobre a assistência ao parto, considerando as situações vivenciadas e as interações construídas entre eles durante o trabalho de parto e parto.

Método:

trata-se de um estudo interpretativo, com abordagem qualitativa. Utilizou-se a Análise de Discurso como método de pesquisa. Os cenários de investigação foram sete maternidades, pertencentes à rede pública da Região Centro-Oeste de Minas Gerais. Foram realizadas entrevistas com 36 parturientes, dez enfermeiros obstetras e 14 médicos obstetras. Os dados coletados foram submetidos à análise de discurso.

Resultados:

os dados foram organizados em três categorias: 1) A violência obstétrica presenciada no discurso da enfermeira obstetra: que discute que mesmo reconhecendo a presença desta, falam da dificuldade de garantir os direitos das parturientes na cena do parto; 2) Hoje tudo é violência obstétrica: mostra a negação da existência desse fenômeno na relação profissional-paciente; 3) Aqui a gente não tem voz: há presença da violência obstétrica, porém há certo consentimento por parte das mulheres que, na presença do nascimento, esquecem a forma da assistência recebida.

Conclusão:

o tratamento hostil constitui um dos obstáculos à humanização da assistência ao parto, interferindo na escolha da via de parto, sendo necessário rever o conceito de violência obstétrica, considerando todas as suas especificidades e nuances.