Infecção do sítio cirúrgico em pacientes submetidos a cirurgias cardíacas: uma análise do perfil epidemiológico
Infección del sitio cirúrgico en pacientes sometidos a cirugías cardíacas: análisis del perfil epidemiológico
Surgical site infection in patients submitted to cardiac surgeries: an epidemiological profile analysis

Rev. enferm. Cent.-Oeste Min; 8 (), 2018
Publication year: 2018

OBJETIVO:

Descrever a ocorrência da infecção do sítio cirúrgico em pacientes submetidos à revascularização do miocárdio e/ou implante de valva cardíaca e seu perfil epidemiológico.

MÉTODO:

Tratou-se de estudo retrospectivo, realizado em hospital de grande porte. Os dados foram coletados nos prontuários dos pacientes de cirurgias entre 2011 e 2015. Realizou-se estatística descritiva e análise bivariada pelo Epi-info 6.4.

RESULTADOS:

Foram revisados 280 prontuários de pacientes com idade média de 58 anos. As principais comorbidades encontradas nesses pacientes foram hipertensão arterial e dislipidemia, sendo comum ainda a febre reumática naqueles com implante de prótese valvar. Foram diagnosticadas 52 infecções do sítio cirúrgico, sendo 32 (61,5%) durante a internação e 20 (38,5%) por reinternação. As infecções incisionais superficiais foram prevalentes seguidas de órgão/cavidade. A idade, tempo de internação total e no pós-operatório e dias no Centro de Terapia Intensiva após a cirurgia foram associadas à ocorrência infecciosa em órgão/cavidade. O tempo médio de internação foi de 18,1 dias nos pacientes sem infecção e 25,4 naqueles com infecção.

CONCLUSÃO:

É imprescindível investir em medidas de prevenção de infecções que envolvem equipes assistenciais, profissionais de controle de infecção e núcleos de segurança na busca de melhores práticas assistenciais.

OBJECTIVE:

The study aimed to describe the occurrence of surgical site infection in patients submitted to myocardial revascularization and/or cardiac valve implantation as well as its epidemiological profile.

METHOD:

This was a retrospective study performed at a large hospital. Data were collected from patients' records of surgeries performed from 2011 to 2015. Descriptive statistics and bivariate analysis were performed using Epi-info 6.4.

RESULTS:

We reviewed 280 patient records with a mean age of 58 years old. The main comorbidities found in those patients were arterial hypertension and dyslipidemia and, in those patients with valve prosthesis, rheumatic fever was common. Fifty-two (52) surgical site infections were diagnosed, 32 (61.5%) happening during the hospitalization and 20 (38.5%) in re-hospitalization. The superficial incisional infections were prevalent followed by organ/cavity. Age, total and post-operative hospitalization time, and days at the Intensive Care Center Unit after surgery were associated to infectious occurrence in organ/cavity. The mean time of hospitalization was 18.1 days in patients without infection and 25.4 in those with infection.

CONCLUSION:

It is imperative to invest in infection prevention measures involving care teams, infection control professionals and safety centers in the search for better care practices.

OBJETIVO:

Describir la ocurrencia de infección del sitio quirúrgico en pacientes sometidos a revascularización del miocardio, y/o implantación de valvas y su perfil epidemiológico.

MÉTODO:

Fue un estudio retrospectivo en un hospital grande. Los datos fueron recopilados de las historias clínicas de los pacientes, para las cirugías realizadas en los años 2011 a 2015. Las estadísticas descriptivas y análisis bivariados fueron realizados con Epi-Info 6.4.

RESULTADOS:

Revisamos 280 prontuarios de los pacientes con edad media de 58 años. Las principales comorbilidades fueron la hipertensión y la dislipidemia, siendo común la fiebre reumática en las de implantación de prótesis valvular. Fueron diagnosticadas 52 infecciones de sitio quirúrgico, el 61,5% durante la hospitalización y 38,5% en rehospitalización. Las infecciones incisionales superficiales más frecuentes, seguidas por órganos/cavidad. La edad, tiempo de internación total y en el postoperatorio y días en el Centro de Terapia Intensiva, después de la cirugía fueron asociadas a la ocurrencia infecciosa en órgano/cavidad. La duración media de internación en pacientes sin infección fue de 18,1 días, y con infección fue 25,4 días.

CONCLUSIÓN:

Es imprescindible investir en medidas de prevención con participación de los equipos de asistencia, profesionales de control de infección y núcleos de seguridad buscando mejores prácticas asistenciales.