Representações sociais de enfermeiros sobre o processo de morte e morrer em uti
Representaciones sociales de enfermeros sobre el proceso muerte y morir en la uci
Social representations of nurses on the process of death and dying in icu
Ciênc. cuid. saúde; 15 (3), 2016
Publication year: 2016
RESUMO Em que pese o fato da morte receber denominações e representações multivariadas de acordo com aspectos culturais e religiosos, contudo, falar e discutir este processo natural da vida, sobretudo nos países ocidentais, ainda pode parecer um tabu. Objetivou-se investigar as representações sociais de enfermeiros mestrandos e doutorandos sobre o processo de morte e morrer em Unidades de Terapia Intensiva (UTI). Pesquisa exploratória, descritiva com abordagem qualitativa, desenvolvida em duas universidades públicas, no Rio de Janeiro e em Pernambuco. Os dados foram analisados à luz da Teoria das Representações Sociais, com a ajuda do software Iramuteq. Registrou-se 2923 ocorrências e 655 formas diferentes. O número de hápax confere com 362 palavras, correspondente a 12% das ocorrências. As ocorrências que obtiveram maior qui-quadradoforam: morte, vida, processo, sofrimento e passagem. Conclui-se que, em relação à morte e o processo de morrer, foram expressados sentimentos diante de uma possibilidade concreta, ou seja, para eles, o paciente que está sob cuidados na UTI tem no processo de morte e morrer uma condição real, pois estar internado nesta unidade pode significar estar lutando pela vida e contra a morte, oscolocando frente a frente com a incômoda sensação da própria finitude.
RESUMEN Pese el hecho de que la muerte reciba denominaciones y representaciones multivariadas de acuerdo con los aspectos culturales y religiosos, el hablar y discutir este proceso natural de la vida, sobre todo en los países occidentales, aún puede parecer un tabú. El objetivo fue investigar las representaciones sociales de enfermeros de máster y doctorado sobre el proceso de muerte y morir en Unidades de Cuidados Intensivos (UCI). Investigación exploratoria, descriptiva con abordaje cualitativo, desarrollada en dos universidades públicas, en Rio de Janeiro y en Pernambuco. Los datos fueron analizados a la luz de la Teoría de las Representaciones Sociales, con la ayuda del software Iramuteq. Se registraron 2923 ocurrencias y 655 formas diferentes. El número de hápax confiere con 362 palabras, correspondiente al 12% de las ocurrencias. Las ocurrencias que obtuvieron mayor ji-cuadrado fueron: muerte, vida, proceso, sufrimiento y pasaje. Se concluye que, respecto a la muerte y al proceso de morir, fueron expresados sentimientos ante una posibilidad concreta, o sea, para ellos, el paciente que está bajo cuidados en la UCI tiene en el proceso de muerte y morir una condición real, pues estar internado en esta unidad puede significar estar luchando por la vida y en contra a la muerte, poniéndoles frente a frente con la incómoda sensación de la propia finitud.
ABSTRACT Despite the fact that death receives multivariate denominations and representations depending on cultural and religious aspects, however, talking and discussing this natural process of life, especially in Western countries, may still seem to be a taboo. This study aimed to investigate the social representations of nursing master and doctoral students about the process of death and dying in Intensive Care Units (ICU). This is an exploratory and descriptive research with qualitative approach, developed in two public universities in Rio de Janeiro and Pernambuco. Data were analyzed according to the Theory of Social Representations, with the aid of Iramuteq software. Results showed the record of 2923 occurrences and 655 different forms. The hapax number confers with 362 words, corresponding to 12% of the occurrences. Occurrences that had higher chi-square were: death, life, process, suffering and passage. It is concluded that, with respect to death and the dying process, feelings were expressed before a concrete possibility, that is, for them, the patient that is under care in the ICU has a real condition in the death and the dying process, because being admitted to this unit may mean to be fighting for life and against death, faced with the uncomfortable feeling of mortality.