The body marked by the arteriovenous fistula: a phenomenological point of view
El cuerpo marcado por la fístula arteriovenosa: una mirada fenomenológica
O corpo marcado pela fístula arteriovenosa: um olhar fenomenológico

Rev. bras. enferm; 71 (6), 2018
Publication year: 2018

ABSTRACT Objective:

To understand the experience of people with chronic kidney disease using arteriovenous fistula.

Method:

Qualitative and exploratory study based on Social Phenomenology, conducted on 30 adults undergoing hemodialysis by using the fistula, interviewed in 2017. The interviews were analyzed according to the empirical-comprehensive model proposed by Amedeo Giorgi.

Results:

We found the categories "The changed body aesthetics"; "The perception of the other about my body"; and "The fistula as an inseparable condition for life maintenance." Final considerations: The experience of people using fistula showed that this venous access leaves marks that change the body aesthetics, making the body imperfect. Such changes cause low self-esteem and attract the look of the other, causing embarrassment in those who have the body changed. Thus, they react by camouflaging the fistula, without which there is no life. This perception arises from the fear that works as a catalyst for self-care.

RESUMEN Objetivo:

Comprender la vivencia de personas con enfermedad renal crónica en uso de fístula arteriovenosa.

Método:

Estudio cualitativo y exploratorio fundamentado en la fenomenología social, realizado con treinta adultos en tratamiento hemodialítico por medio de fístula, entrevistados en 2017. Los testimonios fueron analizados según el modelo empírico-comprensivo propuesto por Amedeo Giorgi.

Resultados:

Se desvelaron las categorías "La estética corporal alterada"; "La mirada del otro sobre mi cuerpo"; y "La fístula como condición indisociable al mantenimiento de la vida".

Consideraciones finales:

La vivencia de personas en uso de fístula reveló que ese acceso venoso deja marcas que alteran la estética corporal, haciendo el cuerpo imperfecto. Esos cambios provocan baja autoestima y atraen la mirada del otro, causando constreñimiento en el que tiene el cuerpo marcado. Este, a su vez, reacciona camuflando la fístula, sin la cual no hay vida. De esa percepción surge el miedo, que actúa como catalizador para el autocuidado.

RESUMO Objetivo:

Compreender a vivência de pessoas com doença renal crônica em uso de fístula arteriovenosa.

Método:

Estudo qualitativo e exploratório, fundamentado na fenomenologia social, realizado com 30 adultos em tratamento hemodialítico por meio de fístula, entrevistados em 2017. Os depoimentos foram analisados segundo o modelo empírico-compreensivo proposto por Amedeo Giorgi.

Resultados:

Foram desveladas as categorias: A estética corporal alterada; O olhar do outro sobre o meu corpo; e A fístula como condição indissociável à manutenção da vida.

Considerações finais:

A vivência de pessoas em uso de fístula revelou que esse acesso venoso deixa marcas no corpo que alteram a estética corporal, tornando o corpo imperfeito. Essas alterações provocam baixa autoestima, e atraem o olhar do outro, causando constrangimento naquele que tem o corpo marcado. Esse, por sua vez, reage camuflando a fístula, sem a qual não há vida. Dessa percepção surge o medo, que atua como catalisador para o autocuidado.