Capacidade gerencial da atenção primária à saúde para o controle da tuberculose em diferentes regiões do Brasil
Capacidad gerencial de la atención primaria a la salud para el control de la tuberculosis en diferentes regiones de Brasil
Management capacity of primary health care for tuberculosis control in different regions of Brazil

Texto & contexto enferm; 27 (4), 2018
Publication year: 2018

RESUMO Objetivo:

analisar a capacidade gerencial da atenção primária à saúde para o controle da tuberculose.

Método:

pesquisa avaliativa, de delineamento transversal.

População:

profissionais de saúde da atenção primária à saúde que atuavam no controle da tuberculose.

Coleta de dados:

instrumento e questionário baseados na proposta de avaliação da capacidade institucional local, para o modelo de atenção às condições crônicas, adaptado para a atenção à tuberculose. Na análise dos dados, calculou-se o escore médio das respostas a cada questão do instrumento e realizou-se a análise de correspondência múltipla.

Resultados:

a capacidade gerencial, na atenção primária à saúde, para o controle da tuberculose, apresentou resultados desfavoráveis para: agendamento no sistema de registro informatizado de consulta médica e exames de laboratório no tratamento de tuberculose, não utilização de comunicação formal e escrita para a referência dos casos de tuberculose. Além disso, o agente comunitário de saúde não se integra à equipe da unidade e não faz articulação com os recursos da comunidade e o apoio de especialista e a capacitação dos profissionais de saúde para o tratamento da tuberculose é limitado.

Conclusão:

a capacidade organizacional dos serviços de atenção primária à saúde, nos municípios pesquisados, apresenta avaliação desfavorável para o acesso aos sistemas de monitoramento/vigilância, planejamento, capacitação e articulação com a comunidade para o controle da tuberculose, quesitos os quais influenciam a viabilização das políticas para mudanças no modelo de atenção à tuberculose como condição crônica.

RESUMEN Objetivo:

analizar la capacidad gerencial de la atención primaria a la salud para el control de la tuberculosis.

Método:

investigación evaluativa, de delineamiento transversal.

Población:

profesionales de salud de la atención primaria a la salud que actuaban en el control de la tuberculosis.

Recolección de datos:

instrumento y cuestionario basados ​​en la propuesta de evaluación de la capacidad institucional local, para el modelo de atención a las condiciones crónicas, adaptado para la atención a la tuberculosis. En el análisis de los datos, se calculó el puntaje medio de las respuestas a cada cuestión del instrumento y se realizó el análisis de correspondencia múltiple.

Resultados:

la capacidad gerencial, en la atención primaria a la salud, para el control de la tuberculosis, presentó resultados desfavorables para: programación en el sistema de registro informatizado de consulta médica y exámenes de laboratorio en el tratamiento de tuberculosis, no utilización de comunicación formal y escrita para la intervención referencia de los casos de tuberculosis. Además, el agente comunitario de salud no se integra al equipo de la unidad y no hace articulación con los recursos de la comunidad y el apoyo de especialista y la capacitación de los profesionales de salud para el tratamiento de la tuberculosis es limitado.

Conclusión:

la capacidad organizativa de los servicios de atención primaria a la salud, en los municipios encuestados, presenta una evaluación desfavorable para el acceso a los sistemas de monitoreo/vigilancia, planificación, capacitación y articulación con la comunidad para el control de la tuberculosis, que influyen en la viabilidad de las políticas para cambios en el modelo de atención a la tuberculosis como condición crónica

ABSTRACT Objective:

to analyze the management capacity of primary health care for tuberculosis control.

Method:

cross-sectional study.

Population:

primary health care professional active in tuberculosis control.

Data collection:

instrument and questionnaire based on evaluation proposal of local institutional capacity for the chronic illness care model, adapted for tuberculosis care. In the data analysis, the mean score of answers to each instrument question was calculated and multiple correspondence analysis was applied.

Results:

in primary health care, the management capacity for tuberculosis control presented unfavorable results for: scheduling the tuberculosis treatment medical consultation and laboratory tests in computerized registration system, non-use of formal and written communication for the referral of tuberculosis cases. In addition, the community health worker does not interact with the service team and does not articulate with the community resources. Expert support and health professional training for tuberculosis treatment are limited.

Conclusion:

the organizational capacity of the primary care services in the investigated cities presents a negative assessment for the access to the monitoring/surveillance systems, planning, training and community articulation for tuberculosis controls, aspects that influence the feasibility of the policies for changes in the care model for tuberculosis as a chronic condition.