Rev. enferm. UFPE on line; 12 (5), 2018
Publication year: 2018
Objetivo:
traçar o perfil dos casos de violência sexual. Método:
estudo quantitativo, transversal, realizado a
partir de consulta às fichas de notificação dos casos atendidos em um hospital de referência, no período de
2014 a 2016, arquivadas no setor de vigilância epidemiológica. Coletaram-se dados de identificação da vítima,
do agressor e características da violência. Realizou-se a análise descritiva e inferencial e apresentaram-se os
resultados em tabelas. Resultados:
foram notificados 241 casos, com maior frequência em adultos (34,9%),
seguidos por adolescentes (32,8) e crianças (30,3%), do sexo feminino (87,1%) e cor branca (60,2%). Grande
parte dos casos ocorreu no domicílio (41,9%). Entre adultos/idosos, prevaleceram agressores desconhecidos
(65,2%) e, entre crianças/adolescentes, amigos/conhecidos (42,1%). Os procedimentos mais frequentes foram
a coleta de material para exames (64,7%), a profilaxia de DST (60,2%) e o encaminhamento para o Conselho
Tutelar e a Delegacia da Mulher. Conclusão:
a violência sexual foi mais frequente em pessoas do sexo
feminino e atingiu todas as idades. Seus resultados mostram a necessidade de maior comprometimento no
preenchimento das fichas de notificação. O estudo contribui para o avanço do conhecimento sobre este tipo
de violência ao descrever as principais características de sua ocorrência.(AU)