Avaliação da não realização do exame Papanicolaou por meio do Sistema de Vigilância por inquérito telefônico
Evaluación de la no realización del examen Papanicolaou por medio del Sistema de Vigilancia por encuesta telefónica
Evaluation of non-attendance for Pap test through the Surveillance System by telephone survey

Rev. Esc. Enferm. USP; 52 (), 2018
Publication year: 2018

RESUMO Objetivo Estimar a prevalência do exame Papanicolaou e analisar fatores associados à sua não realização pelas mulheres brasileiras. Método Estudo transversal, de base populacional, que utilizou dados do Vigitel e incluiu mulheres na faixa etária alvo do rastreio. Avaliaram-se a cobertura e a prevalência de não realização do rastreamento segundo características sociodemográficas, comportamentais e de saúde. Resultados Foram incluídos dados de 22.580 mulheres. Cerca de 17,1% das mulheres não realizaram o exame nos últimos 3 anos. Mulheres nas faixas etárias de 35 a 44, 45 a 54 e 55 a 64 anos, apresentaram maior prevalência de realização quando comparadas às de 25 a 34 anos (p<0,05).

Os fatores associados à não realização do exame foram:

mulheres com menos de 12 anos de estudo (p<0,05), que declararam não ter companheiro (p<0,0001), residentes nas regiões Nordeste, Centro-Oeste e Norte (p<0,05), desnutridas (p=0,017), que autoavaliaram sua saúde como negativa e que apresentaram pelo menos um comportamento negativo em saúde (p<0,0001). Conclusão Apesar da elevada cobertura do exame, ela ainda é insatisfatória em subgrupos populacionais, como mulheres que vivem sem companheiro, com baixa escolaridade, desnutridas, que autoavaliam seu estado de saúde como negativo e que possuem pelo menos um comportamento negativo em saúde.
RESUMEN Objetivo Estimar la prevalencia del examen Papanicolaou y analizar los factores asociados con su no realización por la mujeres brasileñas. Método Estudio transversal, de base poblacional, que utilizó datos del Vigitel e incluyó a mujeres en el rango de edad blanco del rastreo. Se evaluaron la cobertura y la prevalencia de no realización del rastreo según los rasgos sociodemográficos, sanitarios y de comportamiento. Resultados Fueron incluidos datos de 22.580 mujeres. Un 17,1% de las mujeres no realizaron el examen los últimos tres años. Mujeres en los rangos de edad de 35 a 44, 45 a 54 y 55 a 64 años presentaron mayor prevalencia de realización cuando comparadas con las de 25 a 34 años (p<0,05).

Los factores asociados con la no realización del examen fueron:

mujeres con menos de 12 años de estudio (p<0,05), quienes manifestaron no tener a compañero (p<0,0001), residentes en las regiones Nordeste, Centro Oeste y Norte (p<0,05), desnutridas (p=0,017), que autoevaluaron su salud como negativa y que presentaron por lo menos un comportamiento negativo en salud (p<0,0001). Conclusión Pese a la elevada cobertura del examen, todavía es insatisfactoria en subgrupos poblaciones, como mujeres que viven sin compañero, con baja escolaridad, desnutridas, que autoevaluaron su estado de salud como negativo y que tienen por lo menos un comportamiento sanitario negativo.
ABSTRACT Objective To estimate the prevalence of the Pap test and analyze the factors associated with its non-attendance by Brazilian women. Method Cross-sectional, population-based study in which were used Vigitel (Surveillance System for Protective and Risk Factors for Chronic Diseases by Telephone Survey ) data and were included women in the target age range of the screening. The coverage and prevalence of non-screening were assessed according to sociodemographic, behavioral and health characteristics. Results Data from 22,580 women were included. About 17.1% of women did not take the Pap test in the three previous years. Women in the age groups of 35-44, 45-54 and 55-64 years showed a higher prevalence of having the test compared to those aged 25-34 years (p<0.05). The following factors were associated with the non-attendance: women with less than 12 years of study (p<0.05), who declared not having a partner (p<0.0001), residents of Northeast, Midwest and North regions (p<0.05), malnourished (p=0.017), who self-assessed their health as negative and presented at least one negative health behavior (p<0.0001). Conclusion Despite the high coverage of this screening, it remains unsatisfactory in population subgroups, such as women living without a partner, with low educational level, malnourished, who self-assessed their health status as negative, and with at least one negative health behavior.