Rev. enferm. UFPE on line; 12 (8), 2018
Publication year: 2018
Objetivo:
descrever as experiências de violências e a autopercepção da qualidade de vida e saúde após os 60
anos de idade. Método:
estudo quantitativo, transversal e descritivo desenvolvido com 100 idosos
comunitários. Utilizaram-se, para a coleta de dados, os instrumentos Qualidade de Vida (WHOQOL-BREEF),
Avaliação do Estado Mental e questionário sobre a ocorrência de violências. Resultado:
constatou-se uma
maior frequência de idosos do sexo feminino (62%), com ensino fundamental incompleto (43%) e renda
familiar de até um salário mínimo (46%). Mais da metade dos idosos (62%) declarou não ter uma boa qualidade
de vida e 38% descreveram sentimentos compatíveis com o desespero, a ansiedade e a depressão. Observou-se
que 73% sofreram algum tipo de violência destacando-se o insulto e a discriminação (40% e 35%,
respectivamente), o abandono (31%), o abuso financeiro (15%) e a agressão física (12%). Não se observou
relação entre sofrer violência e autopercepção de saúde e qualidade de vida (p-valor de 0,5587). Conclusão:
destaca-se a importância da identificação e magnitude das violências nesse segmento populacional, pois as
intervenções interdisciplinares e intersetoriais precisam estar articuladas com o setor saúde e, assim,
favorecer o protagonismo do idoso no enfrentamento às violências.(AU)