Interrupción voluntaria del embarazo por violación: conocimientos, actitudes y prácticas de los profesionales de la salud en Caquetá
Voluntary interruption of pregnancy caused by rape: a descriptive study on knowledge, attitudes and practices of health professionals in Caquetá
Interrupção voluntária da gravidez por violação sexual: conhecimentos, atitudes e práticas dos profissionais de saúde em Caquetá

Rev. colomb. enferm; 14 (1), 2017
Publication year: 2017

El objetivo de este estudio descriptivo transversal fue describir los conocimientos, actitudes y prácticas de profesionales de la salud que laboran en el departamento de Caquetá sobre la interrupción voluntaria del embarazo a causa de violación en un contexto de conflicto armado. Para ello, se realizó una encuesta a 117 profesionales de la salud (médicos y enfermeras) de diferentes insti-tuciones prestadoras de salud del departamento.

Tamaño muestral calculado:

116, margen de error del 5 % y nivel de confianza del 90 %. El 95 % de los profesionales conoce que en Colombia es legal la interrupción voluntaria del embarazo cuando este es producto de una violación; el 17 % manifestó que la denuncia es el único requisito para acceder a dicho procedimiento. El 50 % respondió que la aspiración manual endouterina es uno de los métodos utilizados y el 62 % consideró que la mujer embarazada a causa de violación debe hacer lo que considere correcto. El 47 % de los encuestados dijo no practicar la interrupción voluntaria del embarazo (IVE) pero sí remitir el caso. Se identificó que los profesionales tienen información relacionada con la atención a víctimas de violencia sexual. Aun así, hay algunas dificultades en el reconocimiento formal de los requisitos para prestar este servicio ya que, en zonas de conflicto armado, las pacientes refieren que su integridad física podría verse comprometida si interponen una denuncia por violencia sexual, por lo cual la interrupción del embarazo se puede realizar bajo la causal salud. Además, se logró evidenciar que los profesionales prefieren remitir los casos de IVE.
Objective. To describe the knowledge, attitudes and practices of health personnel of the department of Caquetá in relation to voluntary termination of pregnancy because of rape. Mate-rial and methods. In this cross-sectional, descriptive study, a survey was carried out on knowledge, attitudes and practices in relation to the voluntary termination of pregnancy due to the rape in the context of an armed conflict. A total of 117 health professionals (doctors and nurses) of various health providing institutions in the department of Caquetá underwent a survey.

Calculated sample size:

116, margin of error of 5 % and confidence level of 90 %. Results. 95 % of the professionals know that the voluntary termination of pregnancy is legal in Colombia when the pregnancy is caused by rape; filing a police report is the only requirement to access such procedure, 17 % said; 50% responded that manual vacuum aspiration is a method used and 62 % considered that the women impreg-nated by rape should do what she considers correct. Finally, 47 % of those surveyed said they did not practice the volun-tary termination of pregnancy (IVE for its), but would refer it. Conclusions. It was identified that professionals have infor-mation related to the care of victims of sexual violence. Even so, there are some difficulties in the formal recognition of the requirements to provide this service since, in areas of armed conflict, patients report that their physical integrity could be compromised if they file a report for sexual violence, a reason for the interruption to be done under the cause of health. In addition, it was possible to show that professionals prefer to refer IVE cases and not to practice them directly.
O objetivo deste estudo descritivo transversal foi descrever os conhecimentos, atitudes e práticas de profissionais de saúde que trabalham no departamento de Caquetá sobre a inter-rupção voluntária da gravidez devido à violação sexual em um contexto de conflito armado. Para isso, realizou-se uma pesquisa com 117 profissionais de saúde (médicos e enfer-meiras) de diferentes instituições de saúde do departamento.

Tamanho da amostra calculada:

116, margem de erro de 5% e nível de confiança de 90%. 95% dos profissionais sabem que na Colômbia é aceita por lei a interrupção voluntária da gravidez quando é causada por violação sexual, 17% disseram que a denúncia é o único requisito para ter acesso a tal proce-dimento. 50% responderam que a aspiração manual a vácuo é um dos métodos utilizados e 62% consideraram que a mulher grávida devido à violação deve fazer o que considerar correto. 47% dos entrevistados afirmaram não praticar a interrupção voluntária da gravidez (IVE), mas repassam o caso. Identificou-se que os profissionais têm informações relacionadas ao atendimento às vítimas de violência sexual. Porém, ainda há algumas dificuldades no reconhecimento formal dos requisitos para prestar este serviço, uma vez que, em zonas de conflito armado, as pacientes explicam que sua integridade física pode ser comprometida caso prestem queixa. O aborto, portanto, pode ser realizado sob a causa saúde. Além disso, observou-se que os profissionais preferem passar para outros a responsabili-dade sobre os casos de interrupção voluntária da gravidez (IVE).