Objeción de conciencia en enfermería
Conscientious objection in nursing
Objeção de consciência na enfermagem

Rev. colomb. enferm; 12 (1), 2016
Publication year: 2016

Es bien sabido que la objeción de conciencia se refiere al derecho que cualquier persona tiene de no obedecer, no ejecutar o no aceptar una orden, norma o ley por considerar que entra en conflicto con las convicciones en las que se fundamenta el propio ser. Es decir, se presenta una objeción de conciencia cuando surge un conflicto entre la norma y la conciencia, lo que se relaciona directamente con el derecho a la autonomía y a la libertad para decidir sobre sí mismo. En este sentido, en Colombia, la Constitución Política garantiza la libertad de conciencia al afirmar que: “Nadie será molestado por razón de sus convic - ciones o creencias ni compelido a revelarlas ni obligado a actuar contra su conciencia” (1), lo que pone la objeción de conciencia en el nivel de un derecho fundamental, por lo que ni la Constitución ni la Ley pueden estar por encima de la conciencia (2). El ejercicio en enfermería no es ajeno a la objeción de conciencia por cuanto sus profesionales son respon - sables por acción u omisión de todas las actividades realizadas en su desempeño.

El parágrafo del Artículo 9 de la Ley 911 de 2004 hace explícita referencia a la objeción de conciencia cuando establece que:

En los casos en que la ley o las normas de las instituciones permitan procedimientos que vulneren el respeto a la vida, la dignidad y los derechos de los seres humanos, el profesional de enfermería podrá hacer uso de la objeción de conciencia, sin que por esto se le pueda menoscabar sus derechos o imponérsele sanciones (3). Para delimitar el contexto en el que se realiza la reflexión sobre la enfermería y la objeción de conciencia, se requiere definir la perspectiva a partir de la cual estos profesionales fundamentan su quehacer.

En la construcción teórica de la enfermería se identifican tres ejes:

el primero se refiere al saber, es decir, al conocimiento del desarrollo conceptual orientado a fundamentar la identidad de la disciplina y es resultante de trabajos de investigación; el segundo se enfoca en el cuidado de enfermería como el objeto disciplinar, aquello que constituye su naturaleza o su ser, tal como lo reconocen los teóricos; y el tercero señala la forma como se realizan las intervenciones de enfermería, lo que configura su quehacer. Estos ejes constituyen la base para facilitar la comprensión de la profesión.
It is well known that conscientious objection refers to the right to disobey an order, rule or law that conflicts with personal convictions, in the case of conflict between the order and the person’s conscience; with a conscientious objection, a direct relationship is created between the rights of autonomy and the freedom to decide about one’s self. In Colombia, the constitution guaranties freedom of conscience: “No one shall be harassed because of their convictions or beliefs, or compelled to reveal them, or obliged to act against their conscience” (1) which makes conscientious objection a fundamental right, and implies that neither the Constitution nor the law can rule over conscience (2). Conscientious objection must be available for nurses, since they, as any other professional, are responsible for actions or omissions in all activities realized in their profession.

The Paragraph of Article 9 of Law 911 of 2004 specifies conscientious objection and states:

In cases where the law or the rules of the institutions allow procedures that violate the respect for life, dignity and rights of human beings, the nurse may use conscientious objection, without thereby impairing their rights or being sanctioned (3). To define the context in which this reflection on Nursing and conscientious objection is made, it is necessary to define the perspective from which nurses base their work.

Nursing theory is based on an axis:

the first axis refers to knowledge as the conceptual development that leads to the basis of the identity of the discipline, as a result of research; the second axis focuses on the objective of the discipline of nursing itself, which theorists as that of caretaker; and the third axis signals how nursing care is carried out, which determines the task
Sabe-se que a objeção de consciência se refere ao direito que toda pessoa tem de não obedecer, não realizar ou não aceitar uma ordem, norma ou lei, por achar que estas entram em conflito com as convicções em que se fundamentam o próprio ser, ou seja, forma-se um conflito entre a norma e a consciência. Com esta afirmação se faz direta a relação com o direito à autonomia, à liberdade, para decidir sobre si mesmo. Na Colômbia, a Constituição Política garante a liberdade de consciência ao afirmar: “Ninguém será incomodado por suas convicções ou crenças, nem será compelido a revelá-las, nem obrigado a atuar contra sua consciência” (1), o que coloca a objeção de consciência no nível de um direito fundamental, uma vez que nem a Constituição nem a Lei podem estar acima da consciência (2). Para a enfermagem, a objeção de consciência não tem que ser alheia, uma vez que, como todo profissional, responde por ação ou omissão por todas as atividades realizadas em seu desempenho. O Parágrafo do Artigo 9, da Lei 911, de 2004, faz referência explícita à objeção de consciência quando estabelece: Nos casos em que a lei ou as normas das instituições permitam procedimentos que infrinjam o respeito à vida, à dignidade e aos direitos dos seres humanos, o profissional de enfermagem poderá fazer uso da objeção de consciência, sem que, por isso, se possa menosprezar seus direitos ou impor-lhes sanções (3). Para definir o contexto em que se realiza a reflexão sobre Enfermagem e a objeção de consciência, é preciso definir a perspectiva a partir da qual os profissionais de enfermagem fundamentam sua ocupação.

Na construção teórica de Enfermagem se identificam eixos:

o primeiro se refere ao saber como desen - volvimento conceitual orientado a fundamentar a identidade da disciplina e resultante de trabalhos de investigação. O segundo tem como foco o cuidado de enfermagem como o objeto disciplinar, aquele que constitui a própria natureza da disciplina, os teóricos de enfermagem reconhecem que o cuidado é o ser da Enfermagem. E o terceiro destaca a forma como as intervenções de enfermagem se realizam, o que configura sua ocupação. Estes desenvolvimentos constituem a base para facilitar a compreensão da disci - plina profissional.