Avaliação do efeito da orientação de enfermagem sobre o estresse do paciente, submetidos a exames radiológicos

Publication year: 1982

Este estudo foi realizado no serviço de radiologia de um hospital escola do estado do Paraná, Brasil. Teve como objetivos, avaliar o efeito da orientação de enfermagem e a influência de algumas variáveis, sobre o estresse dos pacientes, submetidos a exames radiológicos, em regime ambulatorial. Participaram do estudo, 80 pacientes de ambos os sexos, sendo que 40 deles foram orientados antes do exame e os 40 restantes não tiveram orientação prévia. Os exames radiológicos, aos quais os pacientes foram submetidos, foram os seguintes: seriografia do esôfago, estômago e duodeno, colecistografia, urografia excretora, histerossalpingografia, uretrocistografia retrógrada, urecistografia miccional, e estudo radiológico dos colons (enema opaco).

Foram utilizados dois métodos para avaliação do estresse:

índice de suor palmar (ISP) e o levantamento das percepções dos pacientes.

Os resultados encontrados foram os seguintes:

O método do índice de suor palmar, não foi considerado eficaz como medida de avaliação de estresse no contexto em que foi testado. As percepções dos pacientes mostraram que eles sentem-se inseguros com relação aos exames. A orientação de enfermagem não diminui o número dos problemas percebidos pelos pacientes durante o exame, mas torna-os menos desconfortáveis, e transmitem calma. Entre as variáveis estudadas, constatou-se o seguinte: Os exames de grande agressividade foram os que mais acarretaram problemas aos pacientes, antes e durante o exame; as mulheres sentiram medo do exame em maior proporção que os homens, antes do exame; os pacientes de 50 a 69 anos apresentaram menor proporção de problemas, comparado aos de 18 a 29 anos e 30 a 49 anos, antes e durante o exame; os pacientes, que não tinham experiências anteriores com exames diagnósticos, foram os que mais sentiram medo do exame, comparados aos que as tinham com raio X simples e exames agressivos; os pacientes analfabetos e os de grau I de instrução sentiram medo do exame em maior proporção do que os de grau II, antes do exame.