Publication year: 1984
Após rever os procedimentos recomendados por diversos autores para a administração adequada da ocitocina em infusão endovenosa contínua, propusemo-nos a: Verificar, entre as parturientes não assistidas por nós, se tais procedimentos são considerados pelo pessoal da equipe obstétrica, quando administra a ocitocina; Verificar se a aplicação de um médico eclético de assistência à parturiente submetida à infusão endovenosa contínua de ocitocina, para estimular as metrossístoles, influi no envolver dos periódicos clínicos do parto. Foram assistidas 32 parturientes, com gestão a termo e feto vivo, internadas em uma maternidade filantrópica do município de São Paulo que presta assistência integral à mãe necessitada.
As parturientes formaram dois grupos:
experimental (16 parturientes) e controle (16 parturientes). As mulheres do grupo experimental receberam assistência da pesquisadora, desde a instalação da ocitocina até o quarto período do parto. As do grupo controle foram atendidas pelo pessoal da equipe obstétrica de plantão na maternidade; a pesquisadora apenas observou os cuidados que as mesmas receberam no transcorrer dos períodos clínicos do parto. Nos resultados, o principal objeto de análise foi a realização, ou não, de alguns daqueles procedimentos aconselhados pelos obstetras para administração adequada da ocitocina. Observaram-se, também, as diferenças entre as parturientes do grupo experimental e controle, quanto: à cooperação das mesmas no envolver do primeiro e segundo estágios do parto; ao tipo de parto; às condições de vitalidade dos seus recém-nascidos; ao sangramento vaginal no terceiro e quarto períodos do parto; à necessidade de administrar-se outra droga ocitócica no quarto período do parto. Concluiu-se que o pessoal da equipe obstétrica não pôs em prática muitos dos procedimentos que os especialistas recomendam para a administração correta da ocitocina e que a aplicação do método eclético de assistência à parturiente submetida à estimulação do parto com ocitocina influiu favoravelmente: no terceiro e quarto períodos do parto; na menor necessidade de administrar-se outra droga ocitócica para ser coibido o sangramento vaginal, no quarto período do parto.