Publication year: 1984
Este estudo foi realizado em hospital público, universitário, na cidade de São Paulo, no período e 03 de abril a 16 de maio de 1983. A população constou de 100 pacientes submetidos a exame hemodinâmico. Para a coleta de dados, empregou-se a técnica de entrevista, utilizando-se dois formulários e um impresso para orientação dos pacientes.
Os objetivos propostos visaram a verificação:
do conhecimento do paciente sobre CAT; das fontes deste conhecimento; de como ele se sentia frente ao exame e o que gostaria de saber sobre o mesmo; da correspondência entre a orientação padronizada e as informações desejadas pelo paciente; da opinião do paciente sobre o exame, após ser submetido ao mesmo; da correspondência entre a orientação dada e o que ocorreu no CAT com o paciente e se esta orientação o ajudou no decorrer deste procedimento.
A opinião de 82 pacientes sobre o que é CAT, relacionou-se a: técnica utilizada no exame, sensações, conceito relativo ao risco, procedimentos do paciente, finalidades do exame e tecnologia empregada. Foram referidas como fontes de informação, por ordem decrescente: Médico; enfermagem e livreto do hospital, sede do estudo; parentes e outros que fizeram o exame; outros que não o fizeram; televisão e literatura. Dezoito pacientes nada opinaram.
Frente ao cateterismo cardíaco, 57 pacientes disseram sentir-se calmos e 35, ansiosos; quatro apresentaram sentimentos dúbios de calma e ansiedade e quatro disseram nada sentir. Agrupou-se 122 tipos de perguntas concernentes a efeitos e procedimentos do exame, consequências decorrentes do seu resultado e restrição de atividades físicas e de trabalho condicionadas ao CAT.
A correspondência entre a orientação padronizada e questões dos pacientes antes do exame, ocorreu numa proporção de 12 itens de orientação para 8 tipos de questões. Para um tipo de questão, não se encontrou resposta nos itens de orientação.
Após serem submetidos ao CAT, 93 pacientes julgaram-no do jeito e melhor do que esperavam e sete, pior do que esperavam. As sensações mais referidas foram:
calor, introdução do catéter, corte no braço, picada para injeção do anestésico e os menos referidos: choque na mão e braço, ânsia de vômito, vontade de urinar, nervosismo, medo, adormecimento da boca e mão e falta de ar.
Para 99 pacientes, a orientação os ajudou preparando, tranquilizando e tornando-os cooperativos. Um paciente referiu que a orientação não o ajudou. Para 93 pacientes houve correspondência da orientação em relação ao exame realizado, para seis a correspondência foi parcial e para um, não houve correspondência.