Processo de enfermagem de horta. Estudo das opiniões dos enfermeiros sobre a interferência de algumas condições do exercício profissional na sua aplicação
Publication year: 1982
Este trabalho é um estudo exploratório, descritivo, sobre a interferência ou não de algumas condições do exercício profissional na aplicação da metodologia do processo de enfermagem proposta por HORTA. A amostra estudada constituiu-se de 257 enfermeiros, formados no período de 1975 a 1979 e trabalhando em dez hospitais da Cidade de São Paulo. A maioria dos enfermeiros estudados 142 (55,2%), se considera um profissional autônomo para planejar, implementar e avaliar a assistência de enfermagem ao paciente; 106 (41,6%), se situa como um profissional dependente de rotinas da instituição ou de ordens médicas para planejar, implementar e avaliar a assistência de enfermagem. As atividades desempenhadas pelos enfermeiros estão, na sua maioria, voltadas para a assistência e administração 128 (46,0%) e 275 (238%) respectivamente. Dos enfermeiros consultados 204 (79%) são de opinião que as atividades por eles desempenhadas interferem na aplicação da metodologia; uma pequena porcentagem 33 (12,8%) é de opinião que não interferem. Dos motivos apresentados como interferentes 122 (59,8% e 47,4%) correspondem as atividades burocráticas e 100 (49,0% e 38,9%) correspondem as atividades que deveriam ser desenvolvidas por outros profissionais da equipe de saúde. Quanto ao número diário de pacientes que têm sob seus cuidados, os enfermeiros informam que: 53 (20,6%) cuidam de 21 a 30 pacientes; 43 (16,7%) têm sob seus cuidados 11 a 20 pacientes; 37 (14,4%) são responsáveis por mais de 51 pacientes; 33 (12,9%) cuidam de 1 a 10 pacientes; 31 (12,1%) cuidam de 21 a 30 pacientes; e, 25 (9,7%) têm sob seus cuidados 41 a 50 pacientes. A maioria absoluta dos enfermeiros amostrados 215 (83,6%) é de opinião que o número de pacientes interfere na aplicação do processo de enfermagem.