O acompanhante na instituição hospitalar: significado e percepções
Publication year: 1998
O presente estudo foi realizado no referencial fenomenológico, segundo a modalidade do "fenômeno situado" para compreender a experiência de ser acompanhante de paciente adulto hospitalizado. A região de inquérito foi constituída de 8 sujeitos que vivenciaram a situação de ser acompanhante na enfermaria de um hospital público especializado da cidade de São Paulo. A questão norteadora foi "O que é para você, estar como acompanhante de paciente adulto hospitalizado?".
Da análise ideográfica emergiram os temas:
"O Ajudar", "O Acompanhar", "Os Sentimentos" e as "Mudanças na Vida Pessoal/Familiar". A análise nomomética possibilitou a compreensão da estrutura geral do fenômeno pelas proposições que emergiram das convergências e divergências das unidades de significado interpretadas. Essas proposições desvelam que o fenômeno "Ser acompanhante de paciente adulto hospitalizado" é um processo difícil, cansativo, estressante, mas importante. O acompanhar, o estar com, emergem das necessidades de ajudar o paciente com dependência ou limitação física; demonstrar amor, gratidão por tudo que recebeu; dar apoio emocional; transmitir força, coragem e otimismo; identificar e atender às necessidades sentidas; assegurar o atendimento da equipe; facilitar a comunicação; observar e fiscalizar a assistência prestada e acompanhar sua evolução clínica. A preocupação é um sentimento que permeia o acompanhar e o ajudar. A hospitalização gera transtornos para todos os membros da família,principalmente para quem permanece como acompanhante.
The present study was performed within the phenomenology theoretical reference by following the method consited in situate the phenomenom in order to understand the experience of being the adult hospitalized patient's accompany. The inquiry sample was comprised in 8 individuals who experienced the situation of being the adult hospitalized patient's accompany at an specialized public hospital in the city of São Paulo. The question inferred was "What does it mean to you to be accompanying an adult hospitalized patient?" From the ideographic analysis emerged the following themes: "The Help", "The Accompany", "The Feelings" and "The Changes in the Family and Personal Life". The nomothetic analysis enabled the comprehension of the phenomenom's general structure by the propositions which arouse from the convergences and divergences of the interpreted meaning units. Such propositions reveal that the phenomenom of being the patient's accompany is difficult, tiresome, stressing, but important. To the accompany, to be with to the patient rises the necessity of helping the him/her with physical limitation or dependence; give care, gratitude for what he/she had done, give emotional support, transmit enthusiasm and optimism, identify and fulfill his/her needs, assure the assistance from the team; favor the communication; observe and verify the assistance rendered and follow his/her clinical evolution. To worry about is a part o f the process of help. Hospitalizationgives problem to all members of the family, mainly for the accompany.