Avaliação das práticas de biossegurança dos profissionais de enfermagem no cuidado aos pacientes portadores de HTLV/HIV

Publication year: 2003

Este estudo exploratório de natureza quantitativa teve como objetivo avaliar as práticas de biossegurança adotadas pelos profissionais da equipe de enfermagem de um hospital público de grande porte da cidade de Salvador, o qual é centro de referência para o atendimento de portadores de HTLV/HIV. De acordo com o referencial teórico, verificou-se que a equipe de profissionais de enfermagem (n=24) era composta primordialmente pelo sexo feminino (15 profissionais - 87,5%), e 45,8% desta (11 indivíduos) na faixa etária de 30 a 34 anos; o maior contingente de funcionários da equipe de enfermagem era de auxiliares (17 profissionais -70,8%); a maior parte da equipe fazia uso somente da luva para manipular material biológico contaminado (7 profissionais - 29,2%); 7 membros desta equipe sofreram acidentes de trabalho com este material, mas apenas 3 membros dentre os acidentados (42,8 %) fizeram a notificação do ocorrido, 4 deles (57,2%) fizeram acompanhamento médico, e somente 1 fez o tratamento profilático. Após o acidente o maior percentual modificou seu comportamento quanto ao uso dos equipamentos de proteção individual (EPIs), ou seja, 6 profissionais (85,7% dos acidentados), passando, assim, a utilizar todos os equipamentos estabelecidos pelo Ministério da Saúde. Pôde ser observado, também, que não há uma periodicidade nem quanto à realização das orientações sobre biossegurança, nem quanto ao uso dos EPIs. Desse modo, observou-se que o uso dos EPIs ainda vem se mantendo de forma inadequada para os padrões exigidos e, sendo assim, o estudo sugere que haja uma supervisão mais efetiva quanto ao uso dos mesmos, assim como a realização de orientações periódicas sobre biossegurança para que se obtenha uma melhor adesão desses profissionais.
VIH