Depressão em mulheres no climatério

Publication year: 2005

Os sintomas psicológicos apresentados pela mulher, na fase do climatério, vem sendo estudados desde o século XIX, dando-se destaque para a presença de sintomas depressivos. A expectativa de vida das mulheres vem aumentando e é possível dizer que elas viverão um terço de sua vida após a menopausa. A saúde mental e a qualidade de vida merecem especial atenção para que as mulheres possam viver de maneira tão saudável quanto possível a fase do climatério. Para entender um pouco mais a dinâmica entre sintomas depressivos e contexto biopsicossocial dessas mulheres nos propusemos a realizar este estudo.

Objetivos:

caracterizar o grupo de mulheres na fase do climatério e identificar a presença de sintomatologia sugestiva de depressão, analisando os indicadores biopsicossociais relacionados.

Metodologia:

A pesquisa foi realizada com 30 mulheres que freqüentaram pela primeira vez o Ambulatório Multidisciplinar do Climatério do HCFMRP-USP no período de novembro de 2003 a dezembro de 2004.

Foram aplicados dois questionários durante a entrevista:

a) Identificação e Contexto da Mulher no Climatério (ICMC) e b) Inventário de Beck. Os dados foram analisados estatisticamente por análise bi-variada e multivariada.

Resultados:

Os dados evidenciaram que a presença de sintomas sugestivos de depressão estavam aumentados entre as mulheres na faixa etária de 40 a 49 anos, não brancas, que tinham companheiro, que pertenciam aos grupos biológicos B ou C, que tinham problemas com o cônjuge e as que vivenciaram hábito de beber e situação de óbito recentemente ou de desemprego na família. Esses resultados permitem conhecer melhor a mulher nesta fase de vida. Estas informações são subsídios importantes para a assistência da equipe de saúde, especialmente da enfermagem, a essa população.