Vulnerabilidade ao HIV/AIDS em idosos: um estudo comparado

Publication year: 2014

Introdução:

Uma mudança no perfil da aids vem acontecendo, demonstrando uma nova caracterização da doença, onde o idoso passa a fazer parte dos grupos vulneráveis. Este fenômeno pode estar associado à não aderência da utilização do preservativo; dificuldade no diagnóstico médico precoce; falta de acesso a informações específicas para essa população; aos tabus sobre sexualidade nessa faixa etária e à negação do risco de infecção. A evidência de lacunas no conhecimento dos idosos em relação à aids estimula a realização de pesquisas baseadas na Teoria das Representações Sociais, que busca identificar a problemática a partir da ótica do próprio indivíduo, constituindo um aporte teórico importante utilizado na implantação e efetividade das práticas de saúde Objetivos: conhecer as representações sociais sobre a vulnerabilidade ao HIV/Aids construídas por idosos que vivem com e sem a doença e explorar a diferenciação dessas representações entre esses grupos distintos de idosos.

Metodologia:

trata-se de um estudo exploratório-descritivo, realizado com 26 idosos de ambos os sexos, divididos em dois grupos, entre maio e agosto de 2013, em duas instituições em João Pessoa. Uma entrevista semiestruturada foi utilizada para a coleta dos dados. O banco de dados foi processado pelo software Iramutec versão 0.6 e os dados sociodemográficos no SPSS 19.0.

Resultados:

houve uma prevalência de idosas (73,1%), aposentados (92,3%) e de religião católica (73,1%). Cinco classes emergiram da análise textual. Apesar do conhecimento sobre a doença, os idosos associam a transmissão do vírus aos grupos vulneráveis de jovens, pobres e gays, não se percebendo vulneráveis, e suas representações sobre a aids são carreadas por imagens negativas e preconceitos.

Introduction:

A change in the profile of aids has been happening, demonstrating a new characterization of the disease, where the elderly becomes part of vulnerable groups . This phenomenon may be associated with noncompliance of condom use, difficulty in early medical diagnosis, lack of access to information specific to this population; taboos about sexuality in this age group and the denial of the risk of infection. Evidence of gaps in knowledge of the elderly in relation to aids encourages the development of researches based in Socials Representations Theory, which seeks to identify the problem from the perspective of the individual as an important theoretical approach in the implementation and effectiveness of practices health.

Objectives:

To understand the social representations of vulnerability to HIV/Aids constructed by elderly people living with and without the disease and explore the differentiation of these representations between these different groups of elderly.

Methodology:

This is a descriptive exploratory study involving 26 patients of both sexes, were divided into two groups , between May and August 2013, in two institutions in João Pessoa. A semistructured interview was used to collect data. The database was processed by Iramutec software version 0.6 and sociodemographic data in SPSS 19.0.

Results:

There was a prevalence of elderly (73.1%), retired (92.3%) and Catholics (73.1%). Five classes emerged from the textual analysis. Despite knowledge about the disease, the elderly associated transmission of the virus to vulnerable group of young, poor, gays, not realizing vulnerable and their representations of aids are carried by negative images and prejudices.
VIH