Publication year: 2014
Introdução:
O cateter venoso central é comumente utilizado no tratamento de pacientes hospitalizados com doença aguda e crônica e a principal complicação relacionada a esse dispositivo é a infecção de corrente sanguínea, a qual está associada ao aumento do tempo de internamento, morbidade, mortalidade e custos hospitalares. Várias medidas para reduzir e prevenir as infecções de corrente sanguínea têm sido desenvolvidas, dentre elas o uso dos cateteres venosos centrais de segunda geração impregnados por clorexidina e sulfadiazina de prata. Objetivo:
Avaliar a efetividade e segurança do uso de cateteres venosos centrais de segunda geração, impregnados por clorexidina e sulfadiazina de prata, comparados com outros cateteres, impregnados ou não, na prevenção de infecção de corrente sanguínea em pacientes hospitalizados. Método:
Revisão sistemática de ensaios clínicos randomizados. Os estudos foram identificados eletronicamente por meio das bases de dados MEDLINE (Medical Literature Analysis and Retrieval System Online), EMBASE (Excerpta Medica Database) e CINAHL (Cumulative Index to Nursing and Health Literature), LILACS (Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde), CENTRAL (Cochrane Central Register of Controlled Trials). A busca por estudos não publicados incluiu a consulta em anais de congresso, registro de ensaios clínicos randomizados, contato com especialistas e indústria. Não houve restrição de idioma ou ano de publicação. A busca ocorreu de janeiro a março de 2014 com atualização em setembro de 2014. Foram selecionados estudos randomizados que descreviam o uso dos cateteres de segunda geração impregnados por clorexidina e sulfadiazina de prata em adultos e crianças hospitalizadas. Os desfechos procurados foram:
infecção de corrente sanguínea relacionada ao cateter venoso central; sepse; infecção no local de inserção; colonização bacteriana; mortalidade e efeitos adversos. Para extração dos dados dois revisores independentes avaliaram a relevância e o risco de viés dos estudos incluídos. A qualidade metodológica foi avaliada pela Ferramenta de risco de viés da Colaboração Cochrane. Os dados foram agrupados e analisados por desfechos; para a análise estatística utilizou-se o programa Review Manager 5.3.0. Resultados:
Foram identificados 1235 estudos, 97 foram pré-selecionados e avaliados na íntegra e quatro estudos internacionais de 2004 a 2009 que avaliam os cateteres de segunda geração impregnados por clorexidina e sulfadiazina de prata foram incluídos. Para o desfecho infecção de corrente sanguínea relacionada ao cateter não houve significância estatística entre o cateter de segunda geração impregnado com clorexidina e sulfadiazina de prata, em comparação com os não impregnados com Redução de Risco Absoluto (RRA) de 1,5% (Intervalo de Confiança (IC) 95%, 3% - 1%) Risco Relativo (RR) 0,68 (IC 95%, 0,40 – 1,15) e Número Necessário para Tratar (NNT) de 66. No entanto, quando realizada a análise de sensibilidade, houve diminuição da infecção de corrente sanguínea relacionada ao cateter para os cateteres impregnados com RR de 0,50 (IC 95%, 0,26 - 0,96). O desfecho colonização apresentou redução com RRA de 9,6% (IC 95%,10% a 4%), RR 0,51 (IC 95% de 0,38 – 0,85) e NNT 5. Para o desfecho infecção no local de inserção não houve diferença estatística entre cateteres impregnados e não impregnados, com RR 0,97 (IC 95% de 0,72 – 1,30). Para os desfechos sepses, mortalidade e efeitos adversos não foram encontrados dados para análise. Conclusão:
Confirma-se a efetividade dos cateteres de segunda geração impregnados por clorexidina e sulfadiazina de prata na redução de colonização do cateter. O mesmo ocorreu para o desfecho infecção de corrente sanguínea quando realizada a análise de sensibilidade. No entanto, não foi possível avaliar sepse, mortalidade e efeitos adversos relacionados a esse cateter. Sugere-se cautela ao utilizar esses cateteres, e ensaios clínicos futuros que avalie a infecção de corrente sanguínea relacionada ao cateter, taxas de sepse, mortalidade e efeitos adversos.
Introduction:
Central venous catheter is commonly used in the treatment of hospitalized patients with acute and chronic illness and the main complication related to this device is the infection of the bloodstream, which is associated with increased hospital stay, morbidity, mortality and high hospital costs. Various measures to reduce and prevent bloodstream infections have been developed, among them the use of central venous catheters impregnated by second-generation chlorhexidine and silver sulfadiazine. Objective:
To evaluate the effectiveness and safety of the use of central venous catheters second generation, impregnated by chlorhexidine and silver sulfadiazine, compared to other catheters, impregnated or not, in the prevention of bloodstream infection in hospitalized patients. Method:
Systematic review of randomized controlled trials. Studies were identified electronically through MEDLINE (Medical Literature Analysis and Retrieval System Online), EMBASE (Excerpta Medica Database) and CINAHL (Cumulative Index to Nursing and Health Literature), LILACS (Latin American and Caribbean Sciences of Health), CENTRAL (Cochrane Central Register of Controlled Trials). The search for unpublished studies included consultation in congress proceedings, registration of randomized clinical trials, as well as contact with experts and industry. There was no language restriction or year of publication. The search took place from January to March 2014 with update in September 2014. We selected randomized studies describing the use of impregnated catheters for second generation chlorhexidine and silver sulfadiazine in hospitalized adults and children. The outcomes were sought:
bloodstream infection related to central venous catheter; sepsis; infection at the insertion site; bacterial colonization; mortality and adverse effects. For data extraction Two independent reviewers assessed the relevance and the risk of bias of included studies. Methodological quality was assessed by the Cochrane Collaboration bias risk tool. Data were grouped and analyzed for outcomes; for statistical analysis used the Review Manager 5.3.0 program. Results:
1 235 studies were identified, 97 were pre-selected and evaluated in full and four international studies from 2004 to 2009 were included to evaluate the second generation of catheters impregnated by chlorhexidine and silver sulfadiazine. For the outcome of infection of catheter-related bloodstream there was no statistical significance between the second generation catheter impregnated with chlorhexidine and silver sulfadiazine, as compared with the unimpregnated with Reduced absolute risk (ARR) of 1.5% (Range confidence (CI) 95%, 3% - 1%) Relative risk (RR) 0.68 (95% CI, 0.40 to 1.15) and Number Needed to Treat (NNT) of 66. However, when performed the sensitivity analysis, a reduction of bloodstream infection related to catheter catheters impregnated with RR of 0.50 (95% CI, 0.26 to 0.96). The outcome colonization decreased with ARR was 9.6% (95% CI, 10% to 4%), RR 0.51 (95% CI 0.38 to 0.85) and NNT 5. For the outcome of infection insertion site was not different between impregnated catheters and not impregnated with RR 0.97 (95% CI 0.72 to 1.30). For sepsis outcomes, mortality and adverse effects were not found data for analysis. Conclusions:
It is confirmed the effectiveness of impregnated catheters for second generation chlorhexidine and silver sulfadiazine in catheter colonization reduction. The same was true for the outcome bloodstream infection when performed sensitivity analysis. However, it was not possible to assess sepsis, mortality and adverse events related to this catheter. Caution is recommended when using these catheters, and future clinical trials to evaluate the infection of catheter-related bloodstream, sepsis, mortality and adverse effects.
Introducción:
Catéter venoso central se utiliza comúnmente en el tratamiento de pacientes hospitalizados con enfermedad aguda y crónica, siendo la principal complicación relacionada con este dispositivo la infección del corriente sanguíneo, que se asocia con un aumento de la estancia hospitalaria, morbilidad, mortalidad y costos hospitalarias. Se han desarrollado distintas medidas para reducir y prevenir las infecciones del torrente sanguíneo, entre ellos el uso de catéteres venosos centrales impregnados por clorhexidina segunda generación y sulfadiazina de plata. Objetivo:
Evaluar la eficacia y seguridad del uso de catéteres venosos centrales de segunda generación, impregnados por la clorhexidina y sulfadiazina de plata, en comparación con otros catéteres, impregnados o no, en la prevención de la infección del corriente sanguíneo en pacientes hospitalizados. Método:
Revisión sistemática de ensayos controlados aleatorios. Los estudios se identificaron electrónicamente a través de MEDLINE (Medical Literature Analysis and Retrieval System Online), EMBASE (Excerpta Medica DataBase) y CINAHL (Cumulative Index of Nursing and Health Literature), LILACS (Literatura Latinoamericana y de Caribe en Ciencias de la Salud), CENTRAL (Cochrane Central Register of Controlled Trials). La búsqueda de estudios no publicados incluyó consultas en actas de congresos, el registro de ensayos clínicos aleatorios, contacto con expertos y con la industria. No hubo restricciones de idioma o año de publicación. La búsqueda se llevó a cabo de enero a marzo 2014, con actualización en septiembre de 2014. Se seleccionaron los estudios aleatorios que describen el uso de catéteres impregnados de clorhexidina de segunda generación y sulfadiazina de plata en adultos y niños hospitalizados. Se buscaron los siguientes resultados:
infección del corriente sanguíneo relacionado con catéter venoso central; sepsis; infección en el sitio de inserción; la colonización bacteriana; la mortalidad y los efectos adversos. Para la extracción de datos dos revisores independientes evaluaron la pertinencia y el riesgo de sesgo de los estudios incluidos. La calidad metodológica se evaluó mediante la herramienta de riesgo de sesgo de la Colaboración Cochrane. Los datos fueron agrupados y analizados por los resultados; Para el análisis estadístico utilizado el programa informático Review Manager 5.3.0. Resultados:
Se identificaron 1235 estudios, 97 fueron pre-seleccionados y evaluados por entero, fueran incluidos cuatro estudios internacionales de 2004-2009 para evaluar la segunda generación de catéteres impregnados por la clorhexidina y sulfadiazina de plata. Para el resultado de la infección de la corriente sanguínea relacionada con el catéter no hubo significación estadística entre la segunda generación catéter impregnado con clorhexidina y sulfadiazina de plata, en comparación con los que no fueran impregnadas con riesgo absoluto reducida (ARR) de 1,5% (rango de confianza (IC) del 95%, 3% - 1%) el riesgo relativo (RR) 0,68 IC (95%, 0,40 a 1,15) y el número necesario a tratar (NNT) de 66. Sin embargo, cuando se realiza el análisis de sensibilidad, una reducción de la infección del corriente sanguíneo relacionadas con catéteres impregnados con RR de 0,50 (IC del 95%, 0,26 a 0,96). La colonización disminuyó con el ARR fue 9,6% (IC del 95%, 10% a 4%), RR 0,51 (IC del 95%: 0,38 a 0,85) y NNT 5. Para el resultado de la infección en el sitio de inserción no fue diferente entre los catéteres impregnados y no impregnados con RR 0,97 (IC del 95%: 0,72 a 1,30). Para los resultados de sepsis, la mortalidad y los efectos adversos, no se encontraron datos para el análisis. Conclusiones:
Se confirmó la eficacia de los catéteres impregnados de clorhexidina de segunda generación y sulfadiazina de plata en la reducción de la colonización del catéter. Lo mismo puede decirse de la infección del torrente sanguíneo resultados cuando se realiza un análisis de sensibilidad. Sin embargo, no fue posible evaluar la sepsis, la mortalidad y los eventos adversos relacionados con este catéter. Se recomienda precaución cuando se usan estos catéteres y futuros ensayos clínicos para evaluar la infección de corriente sanguíneo relacionada con el catéter, sepsis, la mortalidad y los efectos adversos.