Seguimento da medida de independência funcional de idosos longevos de uma comunidade
Publication year: 2016
Trata-se de estudo do tipo quantitativo com delineamento longitudinal, cujo objetivo foi acompanhar as variações na Medida de Independência Funcional relacionadas aos aspectos socioeconômicos e clínicos dos idosos longevos de uma comunidade, ao longo de quatro anos. O desfecho de interesse é a variação da medida de independência funcional dos idosos longevos, que ocorrem naturalmente ao longo do tempo, e a influência dos aspectos socioeconômicos e clínicos nessa variação. A pesquisa foi realizada no domicílio dos idosos cadastrados em quatro Unidades Básicas de Saúde. Calculou-se amostra aleatória simples com erro amostral de 4,67% e nível de significância de 95%. O tamanho da amostra resultante foi de 214 idosos longevos, os participantes da pesquisa foram recrutados aleatoriamente. Os dados foram coletados por meio de entrevista estruturada e aplicação da Medida de Independência Funcional (MIF), em três ondas de avaliação com intervalo mínimo de um ano entre cada onda. As análises estatísticas foram praticadas no software R para composição de dois modelos preditivos, com ?=5%. Participaram 214 longevos, os quais foram avaliados pelo menos uma vez, e no máximo três vezes, totalizando 426 avaliações. Do total de participantes 74 idosos realizaram as três avaliações. O modelo de regressão linear múltipla considerou o total de participantes e indica que as variáveis "histórico de AVE", "doença neurológica", "ocorrência de quedas", e "hospitalização recente" diminuem significativamente (p<0,001) o escore médio de MIF em 2,19 pontos; 0,93 pontos; 0,27 pontos e 0,27 pontos, respectivamente. Da mesma forma, as variáveis de faixa etária diminuem o escore médio de MIF em 0,22 pontos nos indivíduos com 80 a 84 anos, e 1,02 pontos em idosos entre 85 e 89 anos. Em contraponto, a variável "alteração cognitiva" quando ausente, aumenta significativamente o escore médio de MIF em 1,63 pontos. O modelo longitudinal foi composto com dados dos 74 participantes das três ondas de avaliação e demonstrou diferença significativa entre a primeira e a segunda onda de -0,6071 pontos (p<0,001), e entre a primeira e a terceira onda de -0,5529 pontos (p<0,001). Houve diferença estatisticamente significativa entre os escores de MIF comparando-se as 3 ondas de avaliação, com evidência de declínio funcional. Para a variável alteração cognitiva houve significância (p<0,001) no nível "não" onde se observa acréscimo de 1,045 pontos no escore médio de MIF. Na variável hospitalização recente verifica-se diferença (p<0,001) de 0,306 pontos acrescidos ao escore de MIF para os idosos que não tiveram hospitalização. A principal inferência do estudo é que houve variação nos escores de MIF, com evidência de declínio funcional, principalmente relacionado ao avançar da idade, à alteração cognitiva, e à hospitalização. As variáveis associadas ao escore médio de MIF, que compuseram os modelos preditivos apresentados, são capazes de predizer alterações da MIF média na população estudada.
It is a quantitative study with a longitudinal design, whose objective is to follow-up the variations in the Functional Independence Measure related to the socioeconomic and clinical aspects of oldest old who lived in a community, over four years. The outcome of interest is the variation of the functional independence measure of the oldest old, which occur naturally over time, and the influence of socioeconomic and clinical aspects on this variation. The study was conducted at the home of the elderly enrolled in four Health Centers. A simple random sample with an error of 4.67% and a significance level of 95% was calculated. The resulting sample size was 214 elders, and the study participants were randomly recruited. The data were collected through a structured interview and application of the Functional Independence Measure (FIM), in three evaluation waves with a minimum interval of one year between each wave. Statistical analyzes were performed in software R for composition of two predictive models, with ? = 5%. A total of 214 participants were evaluated at least once, and at most three times, totaling 426 evaluations. Of the total number of participants, 74 elderly people performed the three evaluations. The multiple linear regression model considered the total number of participants and indicates that the variables "stroke history", "neurological disease", "occurrence of falls", and "recent hospitalization" significantly decreased (p <0.001) of 2.19 points; 0.93 points; 0.27 points and 0.27 points respectively. Likewise, age-group variables decreased the mean MIFt score by 0.22 points in individuals aged 80 to 84 years, and by 1.02 points in the elderly between 85 and 89 years. In contrast, the variable "cognitive alteration" when it is not present, significantly increases the mean MIFt score by 1.63 points. The longitudinal model was composed of data from the 74 participants of the three evaluation waves and showed a significant difference between the first and second wave of -0.6071 points (p <0.001), and between the first and third waves of -0, 5529 points (p <0.001). There was a statistically significant difference between the MIFt scores comparing the three evaluation waves, with evidence of functional decline. For the cognitive change variable, there was statistical significance (p <0.001) at the "no" level, where there was an increase of 1,045 points in the mean MIFt score. In the recent hospitalization variable, there was a significant difference (p <0.001) of 0.306 points added to the MIFt score for the elderly who did not have a hospitalization. The main inference of the study is that there was variation in FIM scores, with evidence of functional decline, mainly related to advancing age, cognitive impairment, and hospitalization. The variables associated with the mean MIFt score, which made up the predictive models presented, are capable of predicting changes of the mean MIFt in the studied population.
Es un estudio de tipo cuantitativo con diseño longitudinal, que tiene como objetivo seguir las variaciones en la medida de la independencia funcional relacionada con los aspectos socioeconómicos y clínicos de los más ancianos de una comunidad, más de cuatro años. El resultado de interés es el cambio en la medida de la independencia funcional de los más ancianos, que se producen de forma natural con el tiempo, y la influencia de los aspectos socioeconómicos y clínicos de esta variación. La encuesta se llevó a cabo en los hogares de ancianos inscritos en cuatro Unidades Básicas de Salud (UBS). muestra aleatoria simple se calcula con un margen de error del 4,67% y el nivel de significación del 95%. El tamaño de la muestra resultante fue de 214 personas más ancianas, y los participantes fueron reclutados al azar. Los datos fueron recolectados a través de entrevistas estructuradas y aplicación de la Medida de la Independencia Funcional (FIM), en la evaluación de tres olas con un intervalo mínimo de un año entre cada ola. Los análisis estadísticos se realizaron con el software R para la composición de los dos modelos predictivos, con α = 5%. 214 más antigua participaron, que fueron evaluados al menos una vez, y hasta tres veces, por un total de 426 evaluaciones. De todos los participantes 74 personas mayores realizado las tres evaluaciones. El modelo de regresión lineal múltiple considera los participantes totales e indica que la variable "historia de accidente cerebrovascular", "trastorno neurológico", "cae", y "la hospitalización reciente" disminuyó significativamente (p <0,001), la puntuación media de MIFT a 2.19 puntos; 0,93 puntos; 0,27 puntos y 0,27 puntos, respectivamente. Del mismo modo, las variables de edad reducen la puntuación media de 0,22 puntos MIFT en sujetos de 80 a 84 años y mayores de 1,02 puntos entre 85 y 89 años. Por el contrario, la variable "deterioro cognitivo" cuando no está presente, aumenta significativamente la puntuación media de 1,63 puntos en MIFT. El modelo longitudinal se realizó con datos de 74 participantes de la evaluación tres olas y mostró una diferencia significativa entre la primera y la segunda onda -0.6071 puntos (p <0,001) y entre la primera y la tercera ola -0, 5529 puntos (p <0,001). Hubo una diferencia estadísticamente significativa entre las puntuaciones MIFT que comparan la evaluación de 3 ondas, con evidencia de deterioro funcional. Para el deterioro cognitivo variable fue estadísticamente significativa (p <0,001) en el "no" que se observa aumento de 1.045 puntos en la puntuación media de MIFT. En la variable reciente hospitalización existe diferencia significativa (p <0,001) de 0,306 puntos añadidos a la puntuación MIFT para los ancianos que no tenían hospitalización. La principal implicación de este estudio es que no hubo variación en las puntuaciones de MIF con evidencia de deterioro funcional, principalmente relacionadas con la edad avanzada, el deterioro cognitivo, y la hospitalización. Las variables asociadas con la puntuación media de MIFT, que compuso los modelos de predicción que se presentan, son capaces de predecir un aumento o disminución en el promedio MIFT la población estudiada.