A condição de fragilidade física de idosos e a aptidão para direção veicular

Publication year: 2015

Trata-se de estudo quantitativo de corte transversal, cujo objetivo foi investigar a associação entre a condição de fragilidade física de idosos e a aptidão física e mental para a direção de veículos automotores. O estudo foi realizado nas clínicas de trânsito na cidade de Curitiba/PR. A escolha das clínicas ocorreu por sorteio e a inclusão delas no estudo foi vinculada a critérios determinados pelos pesquisadores. Estabeleceram-se os seguintes critérios de inclusão do idoso no estudo: ter idade igual ou superior a 60 anos; estar agendado para os testes de habilitação em uma das clínicas de realização da pesquisa e apresentar capacidade cognitiva e física para realização dos testes. A amostra foi constituída por 172 idosos durante o período amostral de 31 de janeiro de 2015 a 31 de julho de 2015, perfazendo seis meses de coleta de dados diários, em dias úteis. Os dados foram coletados por meio de instrumento estruturado, aplicação de escalas e realização de testes físicos, que compõem a avaliação da fragilidade física. Realizou-se a codificação e organização dos dados no programa computacional Excel® 2007 e no Statistical PacKage for Social Sciences (SPSS) versão 20.0, após a digitação com dupla checagem. Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva, distribuição de frequência absoluta e percentual, média e desvio padrão, e análises univariadas por meio do teste de qui-quadrado e Cochran - houve significância estatística quando o valor de p<0,05 e análises multivariadas por regressão logística, com método forward stepwise, que resultou em modelos preditores de aptidão para direção veicular em idosos. Os resultados mostram idosos com idade média de 67,73 ± 6,55, sendo 70,67% do sexo masculino, e a distribuição dos grupos foi 0 (0%) para os frágeis, 97 (56,40%) pré-frágeis e 75 (43,60%) não frágeis. Houve associação significativa entre fragilidade física e o estado civil (p=0,0327), uso de bebidas alcóolicas (p=0,0417), quantidade de quilômetros rodados (p=0,0222), acidentes (p=0,0165) e às restrições impostas na carteira de habilitação (p=0,0313). Quanto ao resultado da habilitação veicular 43 (25%) eram aptos, 118 (68,60%) aptos com restrição e 11 (6,40%) inaptos temporários. Não houve associação estatística entre fragilidade física e o resultado final do teste de habilitação (p=0,8934). O modelo preditor de aptidão para direção veicular eleito para este estudo foi o Modelo 2, idade, estado civil, consumo de álcool e fragilidade. Embora a prevalência seja de idosos motoristas na faixa etária idoso-jovem, os dados mostram que 66% se encontram na condição de pré-fragilidade. Essa condição aponta para a importância de gestão da fragilidade física nesse grupo de motoristas, já que a gerência da mesma contribui para retardar e atenuar o declínio funcional e consequentemente para uma direção mais segura.
It is a quantitative cross-sectional study, which objective was to investigate the association between elderly physical frailty condition and the physical and mental fitness for driving motor vehicles. The study was conducted in the transit clinics in Curitiba / PR.The clinics were chosen at random, and its inclusion were based on established criteria.

The elderly inclusion criteria in the study:

the person must be 60 years of age or older; being scheduled for the rehab tests in one of the research performing clinics and present cognitive and physical abilities to perform the tests. The sample consisted of 172 elderly, in the sample period from 31 January 2015 to 31 July 2015, resulting six collecting months of daily data on weekdays. The data were collected through structured instruments, ranges application and physical tests, which compose the physical frailty evaluation. Held encoding and organization of data in computer program Excel® 2007 and the Statistical Package for Social Sciences (SPSS) version 20.0, after entering double check. Data were analyzed using descriptive statistics, distribution of absolute frequency and percentage, mean and standard deviation, and more univariate analysis using the chi-square test and Cochran considering the level of statistical significance p <0.05. The results show elderly people with an average age of 67.73 ± 6.55, and (70.67%) were male, and the distribution of the groups was 0 (0%) fragile, 97 (56.40%) pre-frail and 75 (43.60%) did not fragile. There was a significant association between physical frailty and marital status (p = 0.0327), use of alcohol (p = 0.0417), number of kilometers traveled (p = 0.0222), accidents (p = 0.0165) and restrictions imposed in the license (p = 0.0313). As the result of vehicular license 43 (25%) were able 118 (68.60%) fit with restraint and 11 (6.40%) temporary unfit. There was no statistical association between physical fragility and the outcome of the license test (p = 0.8934). The fitness predictive model for vehicular direction chosen for this study was the Model 2, age, marital status , alcohol consumption and fragility. Although the prevalence of elderly drivers in the older-younger age group, the data show that 66% is in pre-fragility condition. This condition points to the indispensability of management of physical frailty in this group of drivers, as its management contributes to delay and mitigate the functional decline and consequently to a safer direction.
Se trata de un estudio transversal cuantitativo cuyo objetivo fue investigar la asociación entre la condición de fragilidad física y de la aptitud física y mental para la conducción de vehículos de motor de las personas mayores. El estudio se llevó a cabo en las clínicas de tránsito en Curitiba / PR. La elección de las clínicas fue por sorteo, y su inclusión vinculada a los criterios establecidos.

Los criterios de inclusión de las personas mayores en el estudio:

edad de 60 años o mayor; estar agendada para los exámenes de calificación en una de las clínicas de investigaciones y presentar capacidades cognitivas y físicas para tomar el examen. La muestra tuvo 172 personas mayores, el período de la muestra fue a partir de 31/01/2015 hasta 31/07/2015, haciendo colecta de datos diarios por seis meses de lunes a viernes. Los datos fueron recolectados a través de un instrumento estructurado, campos de aplicación y la realización de los exámenes físicos que componen la evaluación de la fragilidad física. La codificación y organización de los datos fueron realizadas en el programa Excel 2007 y en el paquete estadístico para Ciencias Sociales (SPSS) versión 20.0, después de hacer doble control. Los datos fueron analizados mediante estadística descriptiva, distribución de frecuencia y porcentaje absoluto, media y desviación estándar, y análisis más invariado mediante la prueba de chi cuadrado y Cochran considerando el nivel de significación estadística p <0,05. Los resultados muestran las personas mayores con una edad media de 67,73 ± 6,55, y (70.67%) fueron de sexo masculino, y la distribución de los grupos de 0 (0%) frágil, 97 (56,40%) pre-frágiles y 75 (43,60%) no lo hicieron frágil. Se observó una asociación significativa entre la fragilidad física y estado civil (p = 0,0327), el uso de alcohol (p = 0,0417), el número de kilómetros recorridos (p = 0,0222), accidentes (p = 0,0165) y las restricciones impuestas en la licencia (p = 0,0313). Como resultado de la licencia vehicular 43 (25%) fueron capaces 118 (68,60%) en forma con moderación y 11 (6,40%) temporal no aptos. No hubo asociación estadística entre la fragilidad física y los resultados de la prueba de licencia (p = 0,8934). El modelo de predicción de la aptitud para la dirección vehicular elegido para este estudio fue el Modelo 2, edad, estado civil , el consumo de alcohol y la fragilidad. Aunque haya prevalencia de los conductores de edad avanzada en el grupo de jóvenes y adultos, los datos muestran que 66% se encuentra en estado de pre-fragilidad. Esta condición indica un carácter indispensable de la gestión de la fragilidad física en este grupo de conductores, ya que su gestión contribuye a retrasar y mitigar el declive funcional y por lo tanto a una dirección segura.