Publication year: 2014
Introdução:
A prática da amamentação deve ser uma ação prioritária para melhoria da saúde e qualidade de vida da criança e sua família. As estratégias de promoção devem fortalecer a autoeficácia da gestante e da puérpera que devem ser fundamentadas nas quatro fontes de informações:
experiência direta, experiência vicária, persuasão verbal, estado físico e emocional. Objetivo:
Analisar a autoeficácia das gestantes e puérperas quanto ao seu potencial em amamentar. Materiais e Método:
Trata-se de uma pesquisa quantitativa analítica, com delineamento longitudinal do tipo painel realizado no município de São José dos Pinhais/PR, no período de novembro 2013 a junho de 2014. A amostra foi de 51 participantes. Adotou-se como critérios de inclusão, gestantes maiores de 18 anos de idade, a partir do 3° trimestre de gestação, que participassem do encontro de gestantes realizado no Hospital e Maternidade de São José dos Pinhais e que aceitassem ser acompanhadas no puerpério imediato. A coleta de dados foi realizada, por meio de entrevista, em dois momentos: o primeiro, no pré-natal no período de novembro 2013 a abril de 2014 e o segundo no durante puérperio ocorreu concomitantemente com a primeira, mas finalizou em junho 2014, devido data de parto das gestantes. No primeiro momento, aplicaram-se dois instrumentos, a Breastfeeding Self-Efficacy Scale - Versão Brasileira e o formulário socioeconômico, antecedentes ginecológicos, obstétrico e gravidez atual. No segundo momento foram aplicados a Breastfeeding Self-Efficacy Scale - Versão Brasileira e o formulário sobre os dados do parto, puerpério atual e o tipo de aleitamento materno ofertado ao recém-nascido. Os dados foram analisados pelo software BioEstat versão 5.0. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Setor de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Paraná com o protocolo n° 433.414. Resultados e discussões:
As participantes eram casadas/união estável (80,39%), faixa etária de 19 - 24 anos (45,10%), com mais de 8 anos de estudo (60,78%),exerciam atividades no lar (80,39%) , mais de 80% sem história de tabagismo ou etilismo, a renda familiar variou 1 a 3 salários mínimos (66,67%). Quanto aos antecedentes obstétricos, eram primigestas (54,90%), sem estória de abortamento (92,15%), que tiveram 1-2 consultas com enfermeiro (37,25%), não receberam orientação sobre aleitamento materno no pré-natal (54,90%) e (96,08%) conheciam alguém que amamentou. Na gestação atual, tiveram parto vaginal (60,79%), o RN sugou na sala de parto (54,90%), o aleitamento materno exclusivo foi utilizado na maternidade (84,31%), apresentaram dificuldade em amamentar (43,14%) e a principal dificuldade foi referida foi a dor (27,45%), receberam ajuda na maternidade (50,99%), do enfermeiro (37,25%), e tiveram seus problemas solucionados (29,41%). Em relação aos dados antropométricos dos RN a predominância, do peso ao nascer de 3000 - 3999g (74,52%), estatura de 47- 50 cm (56,86%), sexo masculino (54,91%), Apgar > 7 no primeiro minuto (88,23%) e no quinto minuto (100%). A maioria das mães deseja amamentar quando retornar para casa (94,15%), retornar as atividades laborais (66,67%) quando o RN estiver entre 2 - 4 meses (43,13%). As maiores médias da escala ocorram no período puerperal e o domínio técnico apresentou maiores médias. Conclusão:
As médias dos escores da BSES-VB foram maiores durante o puerpério, demonstrando maior autoeficácia das mulheres após o nascimento do seu bebê, mas apesar de conhecermos as médias nessa pesquisa, ainda não há publicações que indiquem os valores que classificam o limite entre alta e baixa eficácia. O uso de substitutos do leite materno nas maternidades pode desencorajar as nutrizes para o ato de amamentar, assim a atuação do enfermeiro na atenção básica e nas maternidades torna-se essencial para aumento da autoeficácia. A educação em saúde durante o ciclo gravídico-puerperal é uma estratégia fundamental para que ocorra o aumento da autoeficácia, podendo ser mensurado por meio da aplicação da escala Breastfeeding Self-Efficacy Scale - Versão Brasileira, na tentativa de reduzir as taxas de desmame precoce.
Introduction:
Breastfeeding practice must be a priority to improve health and quality of life of children and their families. Promotion strategies must strengthen pregnant and postpartum women who must be supported in the four sources of information:
direct experience, vicarious experience, verbal persuasion, physical and emotional status. Objective:
To analyze pregnant and postpartum women's self-efficacy on their breastfeeding potential. Materials and Method:
Analytical quantitative research with a longitudinal panel study design, held in the municipality of São José dos Pinhais, Paraná State/Brazil, from November 2013 to June 2014. The sample comprised 51 participants. Convenience sampling adopted as inclusion criteria:
pregnant women over 18 years old in the third trimester of pregnancy who participated in the pregnant women's meeting held in the Maternity Hospital of São José dos Pinhais and accepted to be followed-up in immediate postpartum. Data collection was carried out by means of interviews at two moments:
first, during the prenatal period in November 2013 to April 2014, second in during postpartum occurred concurrently with the first, but finished in June 2014 as the date of delivery of pregnant women. Two instruments were applied at the first moment:
Breastfeeding Self-Efficacy Scale - Brazilian Version and the socioeconomic form, gynecological, obstetric reports, and current pregnancy reports; at the second moment, Breastfeeding Self-Efficacy Scale - Brazilian Version and the formulary on labor, current postpartum and the kind of breastfeeding offered to the newborn were applied. Data were analyzed by BioEstat 5.0 software. The study was approved by Committee for Ethics in Research of the Health Science Sector of the Federal University of Paraná, protocol n. 433,414. Results and discussions:
The participants were married women/Stable union (80.39%), age ranging from 19 to 24 years old (45.10%), over 8 years of schooling (60.78%), housewives (80.39%), no records of smoking or alcoholism (over 80%), family income ranging from 1 to 3 minimum wages (66.67%). As for obstetric records, most of them were primigest (54.90%), no abortion history (92.15%), 1 or 2 consultations (37.25%), no breastfeeding counseling during the prenatal period (54.90%), and knowing someone who had breastfed (96.08%). In the current pregnancy, vaginal delivery prevailed (60.79%), the newborn were breastfed in the delivery room (54.90%), breastfeeding was exclusively held in the maternity hospital (84.31%), difficulties in breastfeeding (43.14%), and pain was referred to as the main difficulty (27.45%), assistance was provided in the maternity hospital (50.99%), and by nurses (37.25%), and their problems were solved (29.41%). In relation to the newborn anthropometric data, there was prevalence of birth weight from 3000 - 3999g (74.52%), female height from 47 - 50cm (56.86%), male height (54.91%), Apgar > 7 in the first minute (88.23%) and in the fifth minute (100%). Most mothers wish to breastfeed when they return home (94.15%), to return to their professional activities (66.67%) when the newborn is between 2 - 4 months (43.13%). The highest scale average scores were verified in the postpartum period, and the technical domain evidenced the highest average scores. Conclusion:
The mean Breastfeeding Self-Efficacy Scale - Brazilian Version scores were higher during the postpartum period, showing greater self-efficacy of women after the birth of her baby, but despite knowing the average in this study, there are no publications that indicate the values that classify the limit between high and low efficiency. The use of breastmilk substitutes in maternity may discourage women to the act of breastfeeding, so the work of nurses in primary care and in hospitals is essential to increase self-efficacy. Health education during pregnancy and postpartum is a key strategy for the occurrence increasing self-efficacy, which can be measured through the application Breastfeeding Self-Efficacy Scale - Brazilian version, in an attempt to reduce early weaning rates.