Contribuições da equipe de enfermagem na construção do vínculo familiar com o recém-nascido
Publication year: 2013
Trata-se de pesquisa qualitativa descritiva, ancorada na Metodologia da Problematização. Teve como objetivo identificar as contribuições da equipe de enfermagem na construção do vínculo familiar com o recém-nascido e construir coletivamente diretrizes para subsidiar o cuidado de enfermagem na formação do vínculo familiar com o recém-nascido. Esta pesquisa foi realizada em um Hospital de Ensino, no sul do Brasil, na Unidade da Mulher e do Recém-nascido (UMRN), composta pelos serviços de Pronto Atendimento Obstétrico, Centro Cirúrgico Obstétrico, Alojamento Conjunto, Neonatologia e Banco de Leite Humano e Ginecologia. Foram sujeitos da pesquisa, 20 profissionais da equipe de enfermagem que atuam nesses setores, divididos em dois grupos. A coleta de dados ocorreu por meio de Oficinas de Práticas Educativas no período de outubro e novembro de 2012. Os dados foram interpretados segundo o método de análise categorial temática.
Desta análise emergiram três categorias temáticas:
contribuições do cuidado de enfermagem para construção do vínculo familiar com o recém - nascido; limitações para a construção do vínculo familiar com o recém-nascido e diretrizes para o cuidado de enfermagem na construção do vínculo familiar com o recém-nascido. Diversas práticas de cuidado da equipe de enfermagem já existentes contribuem para a construção do vínculo familiar com o recém-nascido, entre elas o acolhimento, a inclusão do familiar no processo de parto e cuidados ao recém-nascido, estímulo ao aleitamento materno e contato pele a pele. Porém, se faz necessário reorganizar os espaços internos e construir um protocolo único para a UMRN com vistas à sistematização do cuidado à família no processo do nascimento. Entre as limitações foram referidas a fragmentação do cuidado por setor e a falta de integração da equipe de enfermagem. Esses processos de trabalho fragmentados e verticalizados são barreiras institucionais que dificultam o trabalho em rede de cuidado. Para que ocorra uma reestruturação nas práticas de cuidado torna-se necessário que a equipe de enfermagem esteja sensibilizada acerca da importância da construção do vínculo familiar com o recém-nascido. A UMRN precisa ir além da integração normativa para uma prática integrada de cuidados com vistas à construção do vínculo familiar com o recém-nascido.
It is descriptive qualitative research, grounded in problem-solving methodology. The objective was identifying the contributions of the nursing team by establishing family ties with a newborn and also establishing, collectively, guidelines to support nursing care in the formation of family ties with a newborn. This research was performed in a Teaching Hospital, based in Curitiba, Paraná State, at the Unit of Women and Newborn (UMRN) and it was composed by services of Obstetric Emergency Care, Obstetric Surgical Center, Rooming-in, Neonatology and Human Milk Bank and Gynecology. The participants of the research were 20 nursing staff professional who works in the above-mentioned sectors, divided into two groups. The data were gathered during a Workshop of Educational Practices from October to November 2012. The data were interpreted according to the method of analysis thematic category. From that analysis, three categories emerged: contributions of nursing care for the establishment of family ties with a newborn; limitations on the establishment of the family bond with a newborn; and guidelines for the nursing team in order to establish family ties with a newborn. Many existing nursing care activities performed by the nursing team already contribute to the establishment of family ties with a newborn, including the family-centered maternity care, the inclusion of the family in the process of childbirth and newborn care, breastfeeding promotion and skin contact. Nevertheless, it is necessary to reorganize internal spaces and develop a single protocol for UMRN aiming at systematization of family care during the birth process. The mentioned limitations were the fragmentation of care per sector and lack of integration of the nursing team. These work processes are fragmented and upright so that they become institutional hurdles that hinder the care networking. In order to have the care activities restructured, it is necessary that the nursing team is aware of the importance of the establishment of family ties with a newborn. The UMRN needs to go beyond the normative integration and apply an integrated care practice aiming at the establishment of family bonding with newborns.