As significações sobre autonomia e cuidado de si vivenciadas pelo enfermeiro no cotidiano de ações e interações
Publication year: 2004
Com base no sentido existente em cada um dos conceitos do Interacionismo Simbólico:
Símbolo, Self, Mente, Assumir o lugar do outro, Ação humana, Interação Social e Sociedade, este estudo qualitativo busca compreender como se realizam a vivência do cuidado de si e autonomia no cotidiano de ações e interações do enfermeiro. Nesse contexto, busca também identificar aspectos que dão suporte ao cuidado de si e à autonomia. Para tanto, aprofunda os conceitos de cuidado de si e autonomia do enfermeiro, vivenciados no cotidiano de ações e interações.Destaca alguns elementos a serem considerados no cuidado consigo mesmo e com o outro:
o diálogo; o vínculo existente entre seres interagindo; o espaço de reafirmação da autonomia, respeito a ela e valorização da diferença; e a inclusão da arte e do lazer na vida, em que se desfruta daquilo que é belo e prazeroso, relaxante e, ao mesmo tempo, estimulante. O tratamento metodológico de busca de informações, amostragem e análise, para a compreensão do tema tem em seu fundamento o Interacionismo Simbólico. Pauta-se também no método descritivo. Dados obtidos mediante entrevista semi-estruturada com nove profissionais enfermeiros em saúde coletiva de uma instituição pública de Curitiba, em que se levou em conta suas experiências vivenciadas de cuidado de si e autonomia, também embasam o estudo. A partir da análise dos dados das entrevistas, revisitando conceitos e registros das entrevistas, e com a sensibilidade do olhar da autora, foi possível verificar e compreender que o enfermeiro vivencia práticas de autonomia e de cuidado de si e que, pela característica processual, ocorrem readequações simbólicas nas ações e interações do enfermeiro, ressignificando os conceitos diante de cada situação em seu cotidiano.
By taking on account the concepts of symbolic interactionism, which are symbol, self, mind, taking one’s place, human action, social interaction and society, this qualitative research aims to comprehend how process experience on self care and autonomy takes place on nurses’ daily actions. Also, in this context, it intends to identify aspects that support self care and autonomy. In order to reach this goal, discusses deeply the nurses’ concepts of self care and autonomy experienced as a process in their actions and interactions on work routine. Its methodology, while collecting information, sampling and doing the analysis serves for comprehend the theme under scrutiny. Moreover, it analyses data obtained from semi-structured interviews with nine collective health nurses that work in a public health unit in Curitiba, the capital of Paraná, a state in south of Brazil, in which their self care and autonomy experiences were highlighted. It is a descriptive study. Considering data obtained from such semistructured interviews, revisiting concepts and registers of these interviews, and also the sensitivity of researcher’s perspective, it was possible to verify and comprehend that nurses experience as a process self care and autonomy practices, and that both these concepts bring about symbolic re-adaptations in nurses’ daily actions and interactions. Also, it seems to be a fact that nurses try constantly re-signify these two concepts according to each circumstance they face.