A equipe de enfermagem e o mito do trabalho em grupo
The nursing staff and the myth of group work

Publication year: 1999

Este estudo tem como objetivos:

primeiro a análise dos comportamentos individuais no transcorrer da tarefa "passagem de plantão", à luz dos indicadores relativos à comunicação não-verbal; segundo a análise do comportamento grupal na realização da referida tarefa, comparando-os com os indicadores do processo grupal proposto por PICHON-RIVIÈRE, (1991), a partir da observação de 24 cenas filmadas em uma equipe de enfermagem, recebendo e passando o plantão. Para a análise dos comportamentos individuais, foi utilizada uma lista de indicadores de comunicação não-verbal. Para a análise dos comportamentos grupais foi utilizada uma lista de indicadores, considerando os conceitos de processo grupal de PICHON-RIVIÈRE, (1991). Os resultados obtidos mostraram que os indicadores não-verbais ineficazes predominaram em relação aos eficazes, e os indicadores grupais inadequados foram mais expressivos que os adequados. Com base nesses resultados, pode-se concluir que a tarefa "passagem de plantão" não se constituiu uma atividade grupal.

This paper has two objectives:

the first one is analysing the individual behaviors indicated by non-verbal communication during shist exchanges; the second one is analysing group behavior during shist exchanges and comparing it to the pattern proposed by PICHON-RIVIÈRE (1991) based on the observation of 24 videotaped scenes of a nursing staff during a shist exchange. A list of non-verbal communication signs was used to analyse individual behaviors. The concepts listed byPICHON-RIVIÈRE (1991) were used to analyse group behaviors. The results showed that ineffective non-verbal signs prevailed over effective ones and inadequate non-verbal signs were more visible than the adequate ones. One may conclude that shist exchange was not a group activity.