Avaliação de desempenho na enfermagem e o ser (a) crítico
Evaluation of performance in nursing and the (a) critical being
Publication year: 1999
Conhecer as representações de avaliadores e de avaliados, o significado atribuído às relações face-a-face e as sinalizações que mobilizam a condição (a)crítica no processo avaliativo são os objetivos. Contemplou-se a emergência de conteúdos explícitos e implícitos através de uma abordagem qualitativa. Enfermeiras e Pessoal Auxiliar de Enfermagem de um Hospital Escola foram os sujeitos e, de oito Entrevistas não diretivas, destacaram-se temas emergentes, compondo os tópicos disparadores dos debates no Grupo Focal. Neste, contou-se com onze sujeitos efetivos. O material oriundo das seis sessões de grupo é apresentado em forma de crônicas, já constando uma análise prévia. Tendo-se privilegiado os momentos reflexivos, ao final, apresenta-se uma ressignificação da trajetória percorrida. Depreendeu-se do estudo que as experiências de avaliação, quando direcionadas ao fazer geram sofrimento em avaliadores e avaliados, porém, quando focalizam-se no ser constituem-se em fonte de satisfação e de desenvolvimento de todos os envolvidos no processo. A definição das finalidades da avaliação sugeriu a base de dificuldades na prática como ocorre. Concluiu-se pela importância das relações face-a-face entre avaliador(es) e avaliado(s), em nome do ser crítico que busca contemplar as várias dimensões do ser humano. Viu-se que, apesar dos imperativos sociais mais amplos, é possível redirecionar o agir a partir de si mesmo(s), no aqui-agora do cotidiano de trabalho e,neste prisma, a avaliação de desempenho pode servir de instrumento para uma prática transformadora.
The goals are to become acquainted with the evaluators and evaluated, the significance attributed to face to face rlationships and the signals that mobilize the (a)critical condition in the evaluative process. The emergence of explicit and implicit contents was considered by means os a qualitative approach. Nurses and other auxiliary nursing staff at a teaching hospital were the subjects and, in eight non-directive interviews, emerging themes were highlighted and became the triggering topics of discussions in the Focus Group. Eleven effective individuals participated in the group. The material from the six group sessions is presented in the form of chronicles, including a previous analysis. Privileging there flexive moments leads to a resignificance of the route taken so far. An inference resulting from the study was that evaluation experiences, when aimed at doing generate suffering in evaluators and evaluated, but when focused on being constitute a source of satisfaction and development for all those involved in the process. The definition of the purposes of evaluation suggested the base of difficulties in the practice of evaluation. The conclusion was that face to face relationships between evaluator(s) and evaluated is important on behalf of the critical being that seeks to contemplate the different dimensions of the human being. It was noted that, despite broader social imperatives it is possible to redirectacting from oneself with others, in the hereand now of daily work, and from this standpoint, the evaluation of performance may serve as an instrument for a practice that transforms reality.