A ansiedade e o paciente cirúrgico: análise das variáveis intervenientes
Publication year: 2006
O objetivo desta pesquisa foi analisar a influência da ansiedade no procedimento anestésico-cirúrgico e suas implicações relacionadas ao período pós-operatório e às estratégias de enfrentamento em 4 protocolos de estudo: Protocolo 1: 40 pacientes ASA1 ou ASA 2 submetidos a cirurgia ambulatorial de pequeno porte, sob anestesia local, sem sedação.
Protocolo 2:
40 pacientes cirúrgicos submetidos à intervenção anestésico cirúrgica de pequeno e médio porte, sem medicação pré-anestésica no momento da aplicação dos questionários.Protocolo 3:
127 pacientes com indicação de revascularização de miocárdio, sem uso de ansiolítico no momento de aplicação dos questionários, sem apresentar infecção prévia, não ter diagnóstico de doença psiquiátrica e neoplásicas e com índice de massa corpórea de 20 a 40%.Protocolo 4:
40 pacientes cirúrgicos ambulatoriais, submetidos à anestesia local sem sedação e a procedimentos de pequeno e médio porte.Os resultados mostraram que:
Protocolo 1: ansiedade referida pelos pacientes no período pré e pós operatório é de média ansiedade e a relação entre as mesmas não é estatisticamente significante (z = 0,267), assim como não apresentaram manifestações clínicas evidenciadas pela mesma.Protocolo 2:
a amostra composta em sua maioria por pacientes do sexo feminino com uma idade média de 46 anos, com baixo grau de escolaridade, com experiência cirúrgica anterior, sem intercorrências e apresentando baixo e médio estado de ansiedade. As estratégias deenfrentamento mais comumente utilizadas foram as de suporte social e a de resolução de problemas. Com relação à ansiedade e às estratégias de enfrentamento, obteve-se uma correlação negativa entre o estado de ansiedade e o suporte social e estado de ansiedade e resolução de problemas, isto é, quanto menor o estado de ansiedade mais os pacientes se utilizaram das estratégias de suporte social e da resolução de problemas.Protocolo 3:
os pacientes ) submetidos à revascularização do miocárdio apresentaram em sua maioria (51,20%) um médio estado de ansiedade no período pré-operatório imediato; verificou-se a ocorrência de infecção do sítio cirúrgico em 11 pacientes (8,66%); não foi observada relação estatisticamente significante entre estado de ansiedade no período pré-operatório imediato do sítio cirúrgico nestes pacientes (p=0,120).Protocolo 4:
a maioria dos pacientes cirúrgicos ambulatoriais no período pré-operatório apresentou baixo estado de ansiedade e com variação normal dos parâmetros clínicos, ou seja, compatíveis com o estado emocional apresentado. Os mecanismos de coping mais utilizados foram o de suporte social, seguido pelo de resolução de problemas e reavaliação positivo. Apesar de não existir uma correlação estatisticamente significante entre ansiedade e mecanismos de coping utilizados, encontra-se uma tendência na utilização do mecanismo de fuga e esquiva.Conclusão:
a ansiedade do paciente cirúrgico retrata a complexidade do ser humano e isto sereflete na urgência do aprofundamento teórico relacionada ao enfermeiro de centro cirúrgico.
The study had the objective to analyse the influence of anxiety in surgical anesthetic-surgical procedures and in immediate post operative period and coping strategies in 4 protocols: Protocol 1: 40 patients ASA 1 ou ASA 2 undergoing ambulatory surgery, with local anesthesia and without sedation were inclued.