Guia de orientações para organização e fluxo nas Unidades Básicas de Saúde em tempo de Coronavírus
Publication year: 2020
Em 2020, ano que se comemora 200 anos do nascimento de Florence Nightingale e 130 anos da Enfermagem Brasileira, a Enfermagem foi convocada para o combate à pandemia do Coronavírus (Covid-19). O enfermeiro atua na principal porta de entrada do Sistema Único de Saúde, as Unidades Básicas de Saúde (UBSs). O SUS, como um sistema de saúde público, universal e gratuito, tem capacidade de compreender de forma completa os fenômenos de saúde ao desenvolver ações de vigilância e de coordenação do cuidado, ambas protagonizadas pela(o) enfermeira (o). Na vigilância, tem papel fundamental na identificação, monitoramento e notificação de casos. Na coordenação do cuidado é responsável pelo acompanhamento da saúde da população em todas as fases do desenvolvimento humano.A (o) enfermeira (o) das UBSs, por meio das atividades das equipes da Estratégia Saúde da Família, é essencial para cobrir e tratar até 80% dos casos Covid-19 compondo o arcabouço para o enfrentamento dessa da pandemia.
Pensando nisso, com o objetivo de apresentar medidas de organização, prevenção e controle e auxiliar gestores e profissionais a fazerem escolhas eficientes ao lidar com o Covid-19,foi criado o “Guia de orientações para organização e fluxo nas Unidades Básicas de Saúde em tempo de Coronavírus”, organizado pelas professoras Alexandra Dias Moreira, Giselle Lima de Freitas, Lívia Cozer Montenegro e Sheila Aparecida Ferreira Lachtim, do Departamento de Enfermagem Materno-Infantil e Saúde Pública da Escola de Enfermagem da UFMG. De acordo com as professoras, as orientações contidas no guia apresentam parâmetros de ações causadas por um vírusnovo e, portanto, essas diretrizes são baseadas no que se sabe até o momento.As orientações começam logo na porta de entrada das unidades de saúde. Com o propósito de diminuir o número de pessoas circulando no local, é necessário fazer uma triagem dos sintomas e organizar filas por demandas. Além disso, é fundamental priorizar o atendimento aos idosos (que fazem parte do grupo de risco), seguido de pessoas com doenças crônicas, gestantes e puérperas. “Todos os usuários em espera de atendimento com queixa clínica de corona vírus precisam usar máscara no rosto ou manter um lenço de papel como barreira ao tossir e espirrar”, relatam as professoras.(AU)