Capital intelectual na gestão das enfermeiras em organizações hospitalares

Publication year: 2016

Este estudo aborda o Capital Intelectual (CI) na gestão das enfermeiras em organizações hospitalares. Seu objetivo geral consistiu em analisar a presença e a utilização dos componentes do CI, por essas enfermeiras, na sua prática de gestão.

Compreenderam objetivos específicos:

identificar os componentes do Capital Humano (CH); do Capital Estrutural (CE) e do Capital do Cliente (CC) na gestão de enfermeiras em hospitais, assim como identificar o nível de presença desses elementos na gestão, e descrever como tais componentes são utilizados. Trata-se de um estudo exploratório, descritivo e explicativo, na perspectiva mista de investigação, sendo empregados, simultaneamente, os métodos quantitativo e qualitativo, o que permitiu visão ampliada do objeto de estudo. Foram entrevistadas doze enfermeiras gestoras, atuantes em hospitais da cidade de Salvador-Ba. A coleta de informações teve como instrumento um questionário, englobando três partes distintas: a primeira constando de informações sobre as gestoras, que permitiram traçar o perfil das participantes do estudo. A segunda constou de um check list, contendo os componentes do Capital Intelectual e suas respectivas variáveis: do Capital Humano; do Capital Estrutural e do Capital do Cliente, adaptado das propostas de Stewart (1998), Gracioli (2005) e Kim, Jang (2011), visando a identificação e classificação dessas variáveis pelas gestoras, conforme o nível de presença existente em sua prática de gestão, utilizando uma escala do tipo Likert, composta por cinco pontos de intervalo: muito presente, presente, mais ou menos presente, raramente presente e ausente. A terceira parte constou de questões formuladas para a entrevista semiestruturada, buscando informações sobre a utilização desses componentes presentes na gestão. Os dados foram analisados com base na Teoria do Capital Intelectual, proposta por Thomas Stewart (1998). A técnica para a análise dos dados quantitativos foi a estatística descritiva, envolvendo a análise de frequência, média, percentagem e desvio padrão. A abordagem qualitativa baseou-se na técnica de análise temática de conteúdo, segundo Bardin. O projeto desta pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética, da Fundação Monte Tabor, sob Parecer 812.679 de 30/09/2014. Os resultados demonstraram que os componentes do Capital do Cliente estão mais presentes na gestão das enfermeiras; seguidos dos componentes do Capital Humano e do Capital Estrutural, respectivamente.

A utilização dos componentes do Capital Intelectual foi estruturada em três categorias e sete subcategorias de análise:

Gestão de pessoas (processo admissional, manutenção de talentos, capacitação dos profissionais, trabalho coletivo); Gestão de processos operacionais (tecnologia assistencial, tecnologia administrativa) e Gestão de atendimento ao cliente (avaliação da satisfação do atendimento de enfermagem). Concluímos que os componentes do CI, integrantes dos Capitais Humano, Estrutural e do Cliente, estão presentes na gestão de enfermeiras em organizações hospitalares, em diferentes níveis, e são utilizadas na Gestão de Pessoas, na Gestão de Processos Operacionais e na Gestão do Atendimento ao Cliente, contribuindo para o desenvolvimento do CI da organização hospitalar.(AU)