Acolhimento com Classificação de Risco à Pessoa Idosa com Suspeita de Acidente Vascular Cerebral
Reception with Risk Classification of the Elderly Person with Suspected Cerebral Vascular Accident
Acogiendo con Calificación de Riesgo para la tercera edad sospechosos de accidente cerebrovascular

Publication year: 2017

O Acidente Vascular Cerebral (AVC) representa uma das principais causas de morbimortalidade no mundo, sobretudo em idosos, cuja prevalência de óbitos dobra a cada década. Tal realidade requer um atendimento inicial acolhedor e eficiente. Trata-se esta de pesquisa cujo objetivo geral foi o de compreender como o enfermeiro atua no acolhimento com classificação de risco à pessoa idosa com suspeita de acidente vascular cerebral.

Os objetivos específicos foram:

verificar, junto aos enfermeiros, quais práticas de cuidados são executadas durante o Acolhimento Com Classificação de Risco (ACCR) da pessoa idosa com suspeita de AVC; conhecer os fatores que interferem no ACCR a pessoa idosa com suspeita de AVC e levantar, junto aos enfermeiros, estratégias que possam melhorar o seu atendimento durante o ACCR da pessoa idosa com suspeita de AVC. Foram relizados três encontros com 16 participantes, sendo o primeiro grupo com quatro, o segundo cinco e o terceiro com sete enfermeiros classificadores, da Unidade de Emergência de hospital geral público de referência no estado da Bahia, durante os meses de maio a junho de 2016. O grupo focal foi utilizado como técnica de coleta de dados e a Análise de Conteúdo Temática de Bardin para a sistematização e tratamento dos dados. Os resultados desta pesquisa apontaram a atuação do enfermeiro no acolhimento com classificação de risco ao idoso, fatores intervenientes para a funcionalidade do acolhimento e a insegurança por parte dos enfermeiros, bem como estratégias para viabilizar um preparo profissional que assegure uma assistência qualificada. O primeiro grupo focal evidenciou a sistematização para o atendimento inicial e ocorreu baseado no histórico de enfermagem, aplicações de protocolos de classificação de risco e institucional. Contudo, não há um direcionamento do cuidado às peculiaridades da pessoa idosa. O segundo referiu-se aos fatores intervenientes para a funcionalidade do acolhimento, como o acesso às tecnologias e a implantação do protocolo de classificação de risco, que foram assinalados como fatores que intervêm positivamente no atendimento da pessoa idosa com suspeita de acidente vascular cerebral. Por fim, o estudo sinaliza para o sentimento de insegurança por parte dos enfermeiros para atuarem no acolhimento à pessoa idosa com suspeita de acidente vascular cerebral e possíveis estratégias, como o conhecimento profissional na área de Urgência e Emergência e gerontologia, para que seja possível garantir um atendimento inicial seguro à pessoa idosa. A atuação do enfermeiro classificador no acolhimento ao idoso se dá pela aplicação de etapas de processos que seguem as orientações da linha de cuidado para o acidente vascular cerebral, entretanto percebem-se deficiências e fragilidades durante o acolhimento ao idoso. Considerando-se os fatores intervenientes para o acolhimento ao idoso com suspeita de doença cerebrovascular, entende-se que isso pode facilitar ou dificultar o atendimento, assim sinaliza-se para a necessidade da gestão intervir na melhoria da administração dos recursos disponíveis, de modo a intervir e valorizar os pontos fortes, bem como priorizar a resolução de forma célere dos pontos fracos. Ademais, o estudo sinaliza para a necessidade de conhecimento profissional nas áreas de urgência e emergência e gerontologia, com vistas a preparar o enfermeiro para atuação na classificação de risco ao idoso com suspeita de doenças cerebrovascular.(AU)