Ritual do cuidado de enfermagem à pessoa idosa no perioperatório de cirurgia mutiladora
Ritual of nursing care for the elderly in perioperative mutilating surgery
Ritual del cuidado de enfermería a los ancianos en la perioperatoria de la cirugía mutilante
Publication year: 2013
O envelhecimento populacional possibilitou, além da longevidade da população, a mudança no perfil epidemiológico caracterizado pela diminuição das doenças infectoparasitárias e aumento das doenças não-transmissíveis, elevando o número de hospitalizações e, mais recentemente, de procedimentos cirúrgicos, a exemplo das cirurgias mutiladoras, resultantes da prevalência de doenças vasculares periféricas na população idosa. Tais transformações passaram a exigir maior atenção e cuidado dos profissionais de saúde, sobretudo dos enfermeiros. A forma como os enfermeiros expressam o cuidado prestado aos idosos no perioperatório de cirurgia mutiladora reflete a prática de um ritual, visto que o método de trabalho desses profissionais se estabelece a partir do conjunto de ações padronizadas, com começo, meio e fim, na presença de alguns elementos simbólicos, como o jaleco branco, estetoscópio entre outros instrumentos. O estudo tem como objetivo analisar o ritual do cuidado do enfermeiro à pessoa idosa no perioperatório de cirurgia mutiladora. Trata-se de uma pesquisa exploratória, de natureza qualitativa, guiada pelo método da história oral temática e respaldada na Teoria da Diversidade e da Universalidade do Cuidado Cultural de Madeleine Leininger. O estudo foi realizado no município de Feira de Santana-Bahia, sendo o lócus da pesquisa: as unidades de Pronto Atendimento Masculino e Pronto Atendimento Feminino, a Clínica Cirúrgica e o Centro Cirúrgico de um hospital público do Estado da Bahia. A amostra dos colaboradores do estudo foi constituída por 11 enfermeiros. Para a coleta de dados utilizou-se a técnica de entrevista semi-estruturada, sendo analisados a partir da análise temática. Na realização da pesquisa foram obedecidos os preceitos éticos estabelecidos pela Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde.