A Saúde de Idosos Residentes em Instituições de Longa Permanência apoiada na Teoria de Nightingale
The Health elderly people living in long-stay institutions supported by the Nightingale Theory
Las personas mayores de salud que viven en instituciones de larga estadía con el apoyo de la Teoría Nightingale
Publication year: 2014
Trata-se de uma pesquisa descritiva, de corte transversal, de abordagem quantitativa que teve como objetivo geral: analisar as condições de saúde de idosos que residem em instituições de Longa Permanência e caracterizar estas instituições quanto aos aspectos físico-estruturais e organizacionais. Foi desenvolvida em quatro instituições de longa permanência localizadas no Distrito Sanitário de Itapagipe, na cidade de Salvador-Bahia, de setembro a novembro de 2013. Participaram do estudo 117 idosos residentes, quatro coordenadores e sete cuidadores de idosos destas instituições. Foram utilizados dois questionários como instrumento de coleta de dados, contendo questões sóciodemográficas e de saúde dos idosos e, questões sobre a estrutura organizacional das instituições. Os dados quantitativos foram tratados por meio do software SPSS e interpretados segundo a Teoria Ambientalista de Florence Nightingale. Os resultados mostraram que a maioria (85,5%) dos idosos era do sexo feminino, na faixa etária de 81 anos, (64,1%) era de cor parda, (88,0%) era da religião católica, (51,3%) era natural de Salvador - Bahia, possuíam 1┤8 anos de estudo (27,4%), tinham familiares (80,3%), não recebiam visitas (65,0%), solteiros (48,7%), com renda de um salário mínimo, aposentados (90,3%), procedentes da casa própria (38,5%), levados à instituição por familiares que não os filhos (66,2%), residindo nestas residências há aproximadamente 51 meses, possuíam alteração visual (96,6%), apresentavam alterações do sono (56,4%), apresentavam úlceras por pressão em região sacra (30,8%) e em região trocanteriana direita (11,1%), sofreram quedas no último ano (43,6%), a hipertensão arterial foi a doença mais prevalente (54,7%), faziam uso constante de medicamentos (82,9%), se mostraram dependentes na realização das Atividades da Vida Diária (68,4%), o risco de demência para os idosos que possuíam escolaridade foi de 14,8% e para os analfabetos ou que não se tinha registro sobre escolaridade o risco de demência foi de 45,7% e 39,5% respectivamente. A maioria dos idosos é portadora de morbidades, é dependente para realização das atividades de vida diária e com a capacidade cognitiva comprometida. As Instituições de Longa Permanência para Idosos investigadas necessitam de adequação na estrutura física e reorganização dos serviços com o propósito de responder, principalmente, a demanda crescente da população gerontogeriátrica e atender as necessidades de saúde dos idosos residentes, de forma a estimular e promover a manutenção da sua independência e autonomia.(AU)