Avaliação da qualidade do programa de controle de infecçõa hospitar em hospitais públicos de Salvador

Publication year: 2006

O presente estudo tem como objetivo geral avaliar a qualidade do Programa de Controle de Infecção Hospitalar (PCIH) nos hospitais públicos, estaduais de Salvador, Bahia, quanto à estrutura, processo e resultado; e, como objetivos específicos, identificar a interferência da estrutura, do processo e do resultado na qualidade do PCIH e avaliar a qualidade global em relação aos níveis de desempenho do PCIH. Trata-se de um estudo avaliativo, descritivo, que utilizou o método quantitativo e, como referencial teórico, a concepção sistêmica de avaliação da qualidade baseada nas dimensões: estrutura, processo e resultado. Como técnica de pesquisa, utilizou-se a entrevista aos membros do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) e como instrumento para coleta dos dados foi aplicado um formulário, além de observações e constatação de documentos, verificando se as práticas sob avaliação faziam parte da rotina de trabalho do SCIH. O formulário refere-se a um recorte da Portaria nº 1083/04 da SESAB, sendo selecionada a unidade temática PCIH. Esta Portaria teve sua 1ª edição publicada em 2001, ocasião em que foi validada por técnicos da SESAB, do Ministério da Saúde e de várias Secretarias Estaduais. Seus critérios de avaliação foram baseados na literatura científica especializada e na literatura oficial brasileira. Conclui-se que a qualidade média alcançada pelo PCIH, na unidade temática analisada, nos hospitais públicos estaduais, acima de 100 leitos, de Salvador, no nível 1 foi de 81,71%, determinando um nível de desempenho bom, valor acima da hipótese deste estudo, no nível 2 foi de 57,68%, valor considerado regular e no nível 3, foi de 23,12%, considerado insuficiente, nos níveis 2 e 3, os valores encontrados estão abaixo da hipótese deste estudo. As variáveis de estrutura interferiram negativamente na qualidade do PCIH apenas no nível 3, levando a um resultado insuficiente neste nível. As variáveis de processo causaram interferência nos níveis 2 e 3 e, na maioria, as variáveis de resultado não foram atendidas no nível 1 e em 100% do nível 2. Observou-se que, quanto maior o nível de desempenho, menor é o atendimento as questões de estrutura, processo e de resultado.(AU)