Publication year: 2005
Esse estudo é exploratório, descritivo e de caráter qualitativo, o qual teve como objeto as
representações sociais de enfermeiros sobre o cuidar de crianças com câncer cujo objetivo foi
conhecer as representações sociais de enfermeiros sobre o cuidar de crianças com câncer.
Como objetivos específicos foram traçados os seguinte:
identificar o significado da criança
com câncer para o enfermeiro, descrever o siguinificado do cuidar da criança com câncer
para o enfermeiro e identificar os fatores que interferem no cuidar da criança com câncer. O
estudo foi realizado em uma Instiuição Filantrópica do interior da Bahia, na cidade de
Itabuna. Essa Instituição é referência no atendimento do câncer em geral e possui uma
unidade, de cinco leitos, destinada ao internamento de crianças com câncer. Para o
desenvolvimento desse estudo, utilizou-se o referencial teórico das Representações Sociais.
Os sujeitos foram constituídos por Enfermeiros que prestam assistência na referida unidade. A
coleta de dados foi realizada através de entrevista semi-estruturada, com quatro questões
norteadoras, posteriormente agrupadas e analisadas segundo o referencial teórico. Com base
na análise temática foram construídas cinco categorias:
sentimentos despertados no cuidar da
criança com câncer, comportamento dos enfermeiros frente à criança com câncer, significado
do cuidar da criança com câncer, percepção do enfermeiro sobre a criança com câncer e
fatores que interferem no cuidar da criança com câncer. O estudo permitiu concluir que os
sentimentos mais aflorados no cuidar da criança com câncer são sentimentos negativos como:
tristeza, angústia, impotência, dentre outros. A maior parte dos enfermeiros não acreditam no
sucesso do tratamento. Chamou atenção o fato de os enfermeiros que játinham filhos enxergar
nas crianças o próprio filho e por isso afastarem-se das mesmas por medo do apego e do
sofrimento. Além disso sofriam junto com os pais se colocando no lugar dos mesmos,
demonstrando forte empatia. Em contrapartida, aquelas que não eram mães sofriam por se
sentirem impotentes diante da deonça. Concluiu-se, também, que para o enfermeiro a criança
com câncer não tem expectativas de vida, pois a criança evolui para óbito, o que os fazem
considerar o seu cuidar apenas um paliativo. Foram listados alguns fatores positivos como o
compromisso profissional e a participação do grupo de apoio à criança com câncer como
adjuvante no cuidar, e como fatores negativos a falta de preparo técnico e emocional.(AU)