Prevenção da Hipertensão Arterial: Crenças em Saúde dos pais e mães de pré-escolares
Prevención de la Hipertensión: Las creencias de salud de los padres de los niños en edad preescolar
Publication year: 2013
Os hábitos de saúde do adulto são alicerçados na infância e estão diretamente atrelados
à influência familiar e cultural. As crenças dos pais e das mães com relação à prevenção
da Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) tanto podem promover a saúde dos filhos
como influenciá-la negativamente. Considerando esses aspectos, o objetivo geral desse
estudo foi analisar as crenças em saúde dos pais e mães de crianças pré-escolares
relacionadas à prevenção da HAS; e específicos: descrever as características
sociodemográficas dos pais/mães de crianças pré-escolares; descrever hábitos de vida
relacionados à saúde de crianças pré-escolares; estimar o percentual de crenças em
saúde dos pais/mães de crianças pré-escolares sobre a prevenção da HAS e verificar a
associação entre as crenças dos pais/mães sobre a prevenção da HAS e os hábitos de
vida relacionados à saúde dos pré-escolares. Trata-se de um estudo exploratório e
transversal, com coleta de dados primários, no qual foi utilizado o “Modelo de Crenças
em Saúde” como abordagem teórica. A pesquisa foi realizada nas creches municipais
de Vitória da Conquista- Bahia. A amostra foi aleatória e estratificada entre as creches e
constituiu-se de 255 pais e mães de crianças na faixa etária estudada. Utilizou-se para
coleta de dados um instrumento contendo as características sociodemográficas e hábitos
dos pais, mães e das crianças bem como a escala sobre “crenças em saúde
cardiovascular” extraída da tese de Dela Coleta (1995). Para verificação das crenças
foram utilizados índices de frequências e percentuais e para associação entre as
variáveis, utilizaram-se os testes estatísticos χ2 de Pearson e Exato de Fischer ao nível
de 5% de significância (α ≤0,05). A base de dados foi elaborada a partir do Microsoft
Access versão 2002 e para análise dos dados utilizou-se o Software STATA versão 8.0.
Os entrevistados foram, em sua maioria mulheres, 92,6%. Os resultados mostraram que
os pais e mães apresentam baixos níveis de escolaridade e renda familiar. Os hábitos
alimentares das crianças mostraram elevado consumo de alimentos com alto teor de
lipídios e baixo consumo daqueles ricos em vitaminas, sais minerais e fibras. Quanto a
atividade física da criança, avaliada por meio da locomoção para a creche e atividades
de lazer, constatou-se resultados positivos. As crenças parentais revelaram maiores
percepções acerca dos benefícios para a prevenção da HAS. As associações entre as
crenças dos pais e mães e hábitos de saúde das crianças, não houve diferenças
proporcionais significantes. As conclusões desse estudo tornam-se relevantes no
direcionamento das ações de saúde sendo necessário o reconhecimento, por parte dos
profissionais da área, principalmente da(o) enfermeira(o) dos aspectos culturais que
envolvem o comportamento e as crenças dos pais e mães, bem como sua influência nos
hábitos de vida relativos à saúde dos filhos. (AU)