A deficiência visual para os adolescentes: o olhar da enfermeira
Publication year: 2010
A deficiência visual é entendida como a perda visual que não pode ser corrigida com lentes. Sua detecção precoce, preferencialmente na infância, pode prevenir as complicações severas como o atraso no desenvolvimento neuropsicomotor e a interações sociais. No entanto, um campo onde os estudos se revelam incipientes, principalmente na compreensão das efetivas necessidades e desafios enfrentados pelas pessoas com deficiência visual, em especial os adolescentes, visto estarem num período acentuado de mudanças físicas, psicológicas e sociais foram os sinalizadores para a construção deste estudo. Portanto, o mesmo teve por objeto de investigação o conhecimento das experiências vivenciadas pelos adolescentes com deficiência visual, partindo-se do pressuposto de que este pode enfrentar situações de dificuldades, não só por sua condição, mas também pela visão social construída historicamente, de que pessoas com deficiência são denominadas inválidas, incapacitadas, defeituosas, excepcionais, seres limitados e incompletos. Teve-se como objetivo do estudo: Analisar o significado da deficiência visual para os adolescentes de uma instituição especializada de Salvador – Bahia. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, descritiva com aporte metodológico a História Oral e como referencial teórico para a discussão dos dados empíricos, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA); os direitos das pessoas com deficiência, explicitados na legislação brasileira e internacional e nos pressupostos teóricos de identidade de Erick Erikson (1987). Os sujeitos foram 16 adolescentes na faixa etária de 12 a 18 anos, cujos dados foram coletados por meio de entrevista semi-estruturada e analisados segundo a análise temática de Bardin (2007).