Representações sociais construídas pelas famílias sobre o cuidar do doente mental em domicílio
Publication year: 2006
A assistência ao portador de transtorno mental tem sido constantemente modificada ao longo da historia. Desde a exclusão destes pacientes pela sociedade, onde eram trancafiados em porões ou isolados em locais sem as condições mínimas necessárias para sua sobrevivência, passando pela fase da medicalização da loucura, com a criação dos hospícios e dos fármacos psicotrópicos, até a atual fase da reforma psiquiátrica, em que se busca a integração do doente mental na sociedade e, principalmente, dentro de casa, com a família. Estudar esta temática é de extrema relevância para que se possa prestar uma assistência eficaz às famílias. O objeto deste estudo é, portanto, as representações sociais construídas pela família sobre o cuidar do doente mental em domicílio, e traz como objetivos apreender as representações sociais construídas pela família sobre o cuidar do doente mental em domicílio e explorar estas representações. Trata-se de uma pesquisa exploratória que aborda aspectos quantitativos e qualitativos, orientada pela Teoria das Representações Sociais. O campo de estudo foi o Centro de Saúde Mental Prof. Aristides Novis, na cidade de Salvador-BA; os sujeitos da pesquisa foram familiares que cuidam de doentes mentais em casa. Os dados foram coletados através de 100 sujeitos, e a coleta deu-se por meio de entrevista semi-estruturada do teste de associação livre de palavras. Os dados foram analisados através da Analise de Conteúdo Categorial Temática de Bardin (entrevistas) e da Analise Fatorial de Correspondência, através do software Tri–Deux-Mots, (testes de associação livre de palavras).