Interações familiares de adolescentes com diabetes tipo 1 diante das demandas da doença
Family interactions of adolescents with type 1 diabetes in front illness demands

Publication year: 2010

Este trabalho teve como objetivo conhecer como se dão as interações familiares de adolescentes com diabetes tipo 1 desde o diagnóstico da doença. Utilizou-se como referencial metodológico a História Oral. Os dados coletados mediante entrevistas gravadas com sete adolescentes foram analisados à luz do Modelo Calgary para Avaliação da Família de Wright e Leahey. As narrativas demonstraram que apesar do acréscimo de atividades na rotina diária do adolescente e da família, relacionadas à manutenção e controle do diabetes, as interações familiares sofrem poucas modificações com a chegada da doença e que os conflitos entre os pais e o adolescente com diabetes não diferem daqueles ocorridos entre os pais e adolescentes saudáveis. A superproteção foi um sentimento percebido pelos adolescentes após o surgimento da doença, pois os pais têm preocupações com complicações imediatas e em longo prazo. O principal vínculo demonstrado pelos adolescentes entrevistados com as suas famílias foi o vínculo de confiança. Com os irmãos compartilham superficialmente o diabetes, mesmo aqueles que mantêm relações mais estreitas. A família extensa também oferece contribuições em diferentes fases da doença. Os adolescentes consideram sua comunicação verbal com sua família ampla e direta. Sentem-se livres e confiantes em falar abertamente sobre assuntos diversos com os pais e os outros membros que coabitam, relatando também com quem se relacionam melhor em casa. Percebe-se também que a família tenta moldar-se de acordo com as necessidades da pessoa que tem diabetes, na organização e funcionamento.