Publication year: 2017
Resumo:
Este é um estudo metodológico, de natureza quantitativa, que teve como objetivo traduzir e adaptar transculturalmente para o português do Brasil o instrumento Coping with Death Scale. O processo seguiu as etapas metodológicas determinadas por literatura internacional, a saber: tradução para o português, síntese da primeira versão, retrotradução para o idioma original (inglês), revisão pelo comitê de especialistas para verificação de equivalência e validade de conteúdo, com adequação das equivalências semântica, idiomática, experimental e conceitual, mediante a obtenção de um consenso final, que resultou no instrumento "Coping with death scale versão português/Brasil: Escala de coping frente à morte"; e o pré-teste com aplicação da versão em português. A coleta de dados aconteceu entre os meses de novembro de 2016 a junho de 2017, quando foi finalizada a etapa de Pré-teste. Com a validade de conteúdo alcançada com a taxa de concordância no comitê de especialistas foram modificados 10 itens, do instrumento Coping with death scale versão português do Brasil. A aplicação do pré-teste ocorreu em um hospital de ensino público, no Estado do Paraná. As respostas dos instrumentos foram tabuladas no Microsoft® Office Excel, versão 2010. O programa estatístico R foi utilizado para as análises psicométricas do instrumento, bem como o coeficiente Alpha de Cronbach e Análise Fatorial Confirmatória. 40 enfermeiros participaram, com idade média de 36 anos, predomínio do sexo feminino, 82,5% (n= 33) praticando algum tipo de religião e 67,5% (n= 27) mantendo algum tipo de atividade de lazer. O tempo de formado foi, em média, de nove anos, com média de quatro anos de atuação na Oncologia Pediátrica. A análise da consistência interna da escala global apresentou Alfa de Cronbach de 0,857, considerado adequado. A análise fatorial confirmatória sustentou a divisão da escala em duas dimensões, com um agrupamento de 17 itens para a dimensão coping com a própria morte (Alfa de Cronbach de 0,81) e 13 itens para a dimensão coping com a morte de outras pessoas (Alfa de Cronbach de 0,87), tal como no estudo original. Os resultados mostram que a versão adaptada do Coping with death scale apresentou medidas confiáveis para a cultura brasileira. A relevância do presente estudo no contexto do processo de cuidar em enfermagem se deve à disponibilização de um questionário na versão brasileira, conciso e específico, para avaliar a capacidade de coping frente à morte, com propriedades psicométricas satisfatórias.
Abstract:
This is a quantitative methodological study that aimed to translate and adapt the Coping with Death Scale instrument to Brazilian Portuguese. The process followed the methodological steps determined by the international literature, namely: translation into Portuguese, synthesis of the first version, back-translation into the original language, review by the committee of experts for verification of equivalence and content validity, with adequacy of the using a final consensus, which resulted in the instrument "Coping with death scale Portuguese version / Brazil: Scaling coping with death"; and the pretest with application of the Portuguese version. Data collection took place between November 2016 and June 2017, when the Pre-test stage was completed. With the validity of content achieved with the agreement rate in the committee of experts were modified 10 items, the instrument Coping with death scale Portuguese version of Brazil. The pre-test was applied in a public teaching hospital in the State of Paraná. The instrument responses were tabulated in Microsoft® Office Excel, version 2010. The statistical program R was used for the psychometric analysis of the instrument, as well as the Cronbach Alpha coefficient and Confirmatory Factor Analysis. 40 nurses participated, with a mean age of 36 years, female predominance, 82.5% (n = 33) practicing some type of religion and 67.5% (n = 27) maintaining some type of leisure activity. The training time was, on average, nine years, with an average of four years of performance in Pediatric Oncology. The internal consistency analysis of the global scale presented Cronbach's alpha of 0.857, considered adequate. Confirmatory factor analysis supported the division of the scale into two dimensions, with a clustering of 17 items for the coping dimension with death itself (Cronbach's alpha of 0.81) and 13 items for the coping dimension with the death of other people (Cronbach's alpha of 0.87), as in the original study. The results show that the adapted version of Coping with death scale presented reliable measures for the Brazilian culture. The relevance of the present study in the context of the nursing care process is due to the availability of a questionnaire in the Brazilian version, concise and specific, to evaluate the ability to coping with death, with satisfactory psychometric properties.