Adoção da sistematização de assistência de enfermagem em unidades de referência em hanseníase no município de São Paulo: limites e possibilidades
Adoption of systematic nursing care units reference to leprosy in São Paulo: limits and possibilities
Publication year: 2012
Este estudo tem o objetivo de conhecer a prática dos enfermeiros que atuam diretamente em unidades de referência de hanseníase no município de São Paulo, através da apropriação da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE), seus limites e possibilidades. Tendo como objetivos secundários, verificar se a capacitação sobre a SAE, realizada pelo Programa Municipal de Controle da Hanseníase (PMCH) de São Paulo nos anos de 2007/2008 foi incorporada pelos enfermeiros que participaram da mesma. Através de um questionário dirigido, trinta enfermeiros, que atuam diretamente com os pacientes de hanseníase nas unidades de referência do município de São Paulo, responderam a questões que mostram a caracterização profissional, do grupo e especificamente sobre a adoção da SAE e as contradições e dificuldades em suas diferentes fases de aplicação. O perfil desses profissionais é de 86,6% do gênero feminino, com prevalência de 40% na faixa etária entre 45 e 55 anos de idade, 43,3% formadas entre 1 e 10 anos e 60% atua de 1 a 4 anos nas respectivas unidades. O estudo mostrou que 100% dos enfermeiros envolvidos conhecem a referida sistematização, porem apenas 30% participou da capacitação de 2007/2008 e 83,4% a aplicam nos pacientes de hanseníase. Observamos as variáveis de importância, atributo, ação e decisão que os enfermeiros dão a esse modelo, bem como as dificuldades e limitações observadas nos resultados comparativos entre os enfermeiros que participaram da capacitação 2007/2008 e os que não participaram. Ambos os grupos apontam como maior dificuldade o diagnóstico de enfermagem, porem na sequência, o grupo que fez a capacitação (33,3%) aponta o exame físico o aspecto com maior dificuldade, enquanto que o grupo que não fez a referida capacitação aponta 31,3%, como sendo a prescrição de enfermagem a segunda maior dificuldade.88,9% dos capacitados e 87,5% dos não capacitados pelo PMCH em 2007/2008, utilizam como guia de taxonomia o que a North American Nursing Diagnosis Association (NANDA) preconiza. Ambos os grupos também elegem como sendo o principal fator limitante na aplicação da SAE, o excesso de atividades e na sequência, a falta de espaço físico. Para o grupo que participou da capacitação, 88,9% aponta que a SAE auxilia no planejamento do cuidado e no acompanhamento da evolução, ainda elegendo como possibilidades 77,8% a contribuição na adesão ao tratamento e 66,7% na prevenção de incapacidades físicas. Igualmente eleito pelo grupo de enfermeiros que não participaram do treinamento, 81,3% refere que a SAE auxilia no planejamento do cuidado e no acompanhamento da evolução, elegendo como possibilidades a adesão ao tratamento (68,8%) e prevenção de incapacidades também 68,8%. Concluindo que esse modelo deva ser mais pesquisado mostrando as possibilidades de ser adequada a realidade na perspectiva da saúde coletiva, e que reuniões de atualização focadas, muito contribuiriam para o fortalecimento dessa prática, caminhando dessa maneira na construção do conhecimento da enfermagem, favorecendo a melhor qualidade na assistência prestada as pessoas atingidas pela hanseníase.
This study aims to understand the practice of nurses working directly in reference units of leprosy in São Paulo, through the appropriation of Systematization of Nursing (SAE), its limits and possibilities. Having as a secondary objective, verify that the training on the SAE held by the Municipal Leprosy Control (PMCH) in São Paulo in 2007/2008 was incorporated by the nurses who participated in it. Through a questionnaire, thirty nurses, who work directly with leprosy patients in the reference units in São Paulo, responded to questions that show featuring professional group and specifically on the adoption of SAE and the contradictions and difficulties in their different stages of implementation. The profile of these professionals is 86.6% female, with 40% prevalence in the age group between 45 and 55 years of age, 43.3% graduated from 1 to 10 years and operates 60% 1-4 years in respective units. The study showed that 100% of the nurses involved know that systematization, however only 30% participated in the training year 2007/2008 and 83.4% to apply in leprosy patients. Observed variables of importance, attribute, action and decision that nurses give this model as well as the difficulties and limitations noted on the comparative results between nurses who participated in the training 2007/2008 and those who did not participate. Both groups show greater difficulty as the nursing diagnosis, however as a result, the group that did the training (33.3%) suggests a physical examination looks more difficult, while the group that did such training 31 points 3%, as the path nursing prescription the second highest difficulty. 88.9% of skilled and unskilled 87.5% of the PMCH in 2007/2008, using as a guide the taxonomy of the North American Nursing Diagnosis Association (NANDA) calls.Both groups also elect to be the main limiting factor in the application of SAE, excessive activity and following, the lack of physical space. For the group that participated in the training, 88.9% indicates that the NCS assists in care planning and monitoring the progress, even as possibilities electing 77.8% contribution in treatment adherence and 66.7% in the prevention of disabilities physical. Also elected by the group of nurses who did not participate in training, 81.3% stated that the NCS assists in care planning and monitoring the progress, electing possibilities as treatment adherence (68.8%) and also POD 68 8%. Concluding that this model should be further researched the possibilities of showing the reality to be appropriate in view of public health, and update meetings focused much contribute to the strengthening of this practice, walking this way in the construction of nursing knowledge, favoring better quality in assisting people affected by leprosy.