Necessidade de formação em saúde mental e qualidade de vida das crianças e adolescentes
Publication year: 2020
Os agentes educativos devem estar capacitados para promoverem programas de promoção ou prevenção da saúde nas escolas, potenciando a saúde mental e a qualidade de vida das crianças e adolescentes.
Objetivos:
Determinar o modo como as variáveis sociodemográfica e socioprofissionais dos agentes educativos interferem nas necessidades formativas em saúde e qualidade de vida das crianças e adolescentes.Métodos:
Estudo quantitativo, transversal e descritivo-correlacional. Os dados foram colhidos através de uma amostra não probabilística por conveniência constituída por 136 agentes educativos. Como instrumento de recolha de dados utilizou-se um questionário de caracterização sociodemográfica e socioprofissional e o Questionário sobre Necessidades Formativas em Saúde e Qualidade de Vida das Crianças e Adolescentes (Cunha et al., 2017).Resultados:
Percentagem mais elevada de moderada necessidade de formação em saúde mental e qualidade de vida das crianças e adolescentes (47,8%). Maioritariamente, os participantes consideram muito importante a inclusão de conteúdos curriculares sobre os temas lecionados nos planos de estudos dos cursos de licenciatura para os diferentes agentes educativos (58,8%). Registou-se um valor médio mais elevado (M=2,79±2,83) para os agentes educativos que sentem necessidade de formação ao nível das situações problemáticas em saúde mental em crianças e adolescentes. Os participantes do género feminino, os que possuem idade ≤44 anos, os residentes em meio rural, os professores e os enfermeiros expressaram mais necessidade de formação em saúde mental e qualidade de vida de crianças e adolescentes. Registaram-se diferenças estatisticamente significativas no género (situações problemáticas em saúde mental em crianças e adolescentes p=0,033), na idade (violência escolar e familiar em crianças e adolescentes p=0,022), na zona de residência (situações problemáticas em saúde mental em crianças e adolescentes p=0,007; violência escolar e familiar em crianças e adolescentes p=0,034; fator global 0,024), no grupo profissional (situações problemáticas em saúde mental em crianças e adolescentes p=0,018; violência escolar e familiar em crianças e adolescentes p=0,017) e nas habilitações literárias (situações problemáticas em saúde mental em crianças e adolescentes p=0,047).Conclusões:
O estudo evidenciou a necessidade de desenvolver ações de formação e/ou programas de educação para a saúde de modo a potenciar os agentes educativos de ferramentas que permitam potenciar a saúde mental e maximizar a qualidade de vida das crianças e adolescentes, onde os enfermeiros desempenham um papel primordial, como agentes promotores de saúde.
Educational agents must be trained to promote health promotion or prevention programs in schools, enhancing mental health and the quality of life of children and adolescents.